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Cuiabá

O debate como prevenção à exploração sexual infantil

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É inconcebível para nós, cidadãos e cidadãs de bem, imaginar que um ser humano possa praticar atos tão doentios como o abuso sexual de crianças e adolescentes. Entretanto, a realidade é tão inimaginável que chega a embrulhar o estômago, causando mal-estar físico e emocional. Mais de 80 mil crianças, entre 0 e 9 anos, sofreram algum tipo de abuso sexual nos últimos 10 anos.

E ainda que a nossa capital mato-grossense esteja geograficamente longe do eixo do chamado turismo sexual (infeliz título que o nosso país passou a carregar, ainda nos anos 70, com as campanhas publicitárias que vendiam o Brasil como destino de praia, samba e mulheres), figuramos, há alguns anos, como o segundo estado com maior número de crimes sexuais infantis.

São várias as facetas desse crime bárbaro: a pedofilia, a violência sexual e a exploração sexual, que envolve diretamente o turismo, pornografia, tráfico de pessoas e prostituição. Deste modo, é preponderante que a sociedade, organizações, iniciativa privada e poder público se engajem em iniciativas de conscientização, com a perspectiva de construir coletivamente um universo de conhecimento, participação e compromisso com os direitos humanos de crianças e adolescentes.

É nessa luta que a campanha Faça Bonito se mobiliza há 24 anos para ampliar e disponibilizar à toda sociedade ferramentas que possam contribuir para a prevenção, proteção e defesa de crianças e adolescentes vítimas da violência sexual. No enfrentamento realizado pelos profissionais da Assistência Social do município, são utilizadas várias metodologias da campanha Faça Bonito, sendo uma das principais a sensibilização através da educação, mais especificamente através da rede de ensino municipal numa articulação com os profissionais dos CRAS e CREAS.

É importante trazer essa responsabilidade para o âmbito educacional como uma maneira de desenvolver ações para prevenção e atenção aos sinais de abuso sexual, dividindo essa tarefa com a família. As nossas monitoras e pedagogas do Siminina também realizam essa orientação para mais de mil meninas, dando suporte no amadurecimento feminino ao mesmo tempo em que buscam o enfrentamento de quaisquer formas de dominação e coerção sexual, manifestadas pelas diferentes formas de violência.

Sem dúvidas, educação e orientação são os atores mais importantes para desenvolver práticas eficazes que ajudem a combater a exploração e o abuso sexual infantil, e assim permitir que a sociedade abra canais de reflexão e de debate para construir uma cultura de prevenção.

Márcia Pinheiro é atual primeira-dama de Cuiabá, empresária e pós-graduada em Gestão Pública

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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Cuiabá

Inauguração da sala de cinema no MISC marca as celebrações da 7ª edição do Festival Kwanza

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Na noite de quarta-feira (20), o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá – MISC celebrou a inauguração da sua nova sala de cinema, o Cinemisc. O evento, parte da programação do 7º Festival Kwanza, marcou um momento histórico para a cultura cuiabana, especialmente para o audiovisual regional. A cerimônia também celebrou o Dia da Consciência Negra, com exibições que destacaram a relevância do cinema negro e mato-grossense.

A inauguração contou com a exibição de dois filmes: “Pandorga”, uma produção que simboliza um marco das políticas públicas no incentivo ao audiovisual, e “A Velhice Ilumina o Vento”, o filme mais premiado da história de Mato Grosso, reconhecido em eventos como o Festival Zózimo Bulbul, o maior festival de cinema negro da América Latina.

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá, Justino Astrevo, destacou a importância da nova sala:”Essa é a realização de uma antiga reivindicação do movimento audiovisual local. Nos últimos anos, a produção audiovisual cuiabana cresceu muito, mas faltava um espaço adequado para exibir essas obras. O Cinemisc é um marco, não só para os produtores locais, mas para a população em geral, que agora tem acesso gratuito a filmes da nossa terra”, comemorou.

A sala, que possui capacidade oficial para 50 pessoas e pode ser ampliada com cadeiras extras, foi projetada para oferecer uma experiência de cinema acessível e de alta qualidade técnica. De acordo com Cristóvão Luís Gonçalves da Silva, coordenador do MISC, o espaço é um sonho realizado para cineastas e produtores independentes. “Democratizar o acesso ao audiovisual era uma necessidade urgente. Agora, com essa sala, simplificamos o processo de exibição. É um lugar de encontro para artistas e público, com infraestrutura completa e sem custos para os realizadores”, afirmou Cristóvão.

A programação do Festival Kwanza segue nos dias 21 e 22 de novembro, com a exibição de outros filmes selecionados por Maurício Pinto, curador da mostra. Ele explicou a importância de trazer a temática negra para o centro do debate cultural. “O cinema negro é uma ferramenta poderosa para dar visibilidade às histórias e vivências da população negra. Esta sala, com exibições gratuitas e acessíveis, é um avanço imenso para a nossa cultura. Queremos resgatar e preservar a história, ao mesmo tempo em que criamos um espaço para novas narrativas.”

Além das exibições regulares às terças-feiras, o Cinemisc também estará disponível para cursos, oficinas e sessões agendadas por escolas e produtores locais.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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