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O Brasil, os Estados Unidos e a China

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Cesário Melantonio Neto
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Cesário Melantonio Neto

Há uma crescente rivalidade entre os Estados Unidos e a China pela hegemonia do sistema internacional. Os analistas se dividem em dois grupos: aqueles que sustentam que uma competição crescente nos campos de segurança, economia e tecnologia poderia levar a uma guerra no entorno de Taiwan; e outros que veem o peso da interconexão econômica entre os dois países como um fator a mitigar a rivalidade política dado o alto custo de um eventual conflito.

Lamentavelmente o anterior governo reduziu o tamanho do Brasil transformá-lo numa espécie de parceiro secundário da polícia dos Estados Unidos durante o período Trump.

Correção da política Com relação a competição sino-americana não há uma resposta unívoca, ou seja, não há condição de se prever qual fator será a tendência, se a cooperação ou o conflito.

As duas possibilidades estão abertas e dadas.

Nossa expectativa é que a cooperação venha a triunfar, mas não é possível hoje fazer uma previsão, pelo menos não com os dados de que se dispõe e no contexto da conjuntura geopolítica.

Por outro lado, é bom lembrar que o establishment americano não tem elevado a importância do Brasil em sua agenda. Percebo que continuamos sendo periféricos em termos prioritários e estratégicos na agenda de Washington, o que posiciona Pequim em uma conjuntura melhor em relação ao Brasil.

O Brasil, pelo seu tamanho e dimensões, pode e deve dialogar com os grandes. De fato é um país que faz parte do tecido internacional, seja pela superfície, seja pela economia, a população e a democracia.

Estamos certamente entre as grandes nações e ao mesmo tempo temos os pés sitiados no hoje chamado Global South, o que nos confere uma imensa habilidade de construir determinados consensos, de explorar o multilateralismo, como sempre fizemos, com muita legitimidade e experiência.

Estive recentemente em seminário da fundação Papandreu sobre o conflito russo-ucraniano e muitos participantes se perguntaram por que essa necessidade de expandir a OTAN e, de certa forma, estabelecer um cerco sobre a Rússia. As respostas foram vagas e cheia de contradições. Isso nos coloca de volta sob o risco de uma guerra nuclear. Daí a importância da contribuição brasileira para um processo de cessar-fogo e de paz.

Houve o compromisso de que não haveria expansão da OTAN e o que ocorreu foi o contrário.

Uma guerra na Ucrânia no coração da Europa e muito diferente de uma na Ásia ou no oriente médio. As possibilidades de risco de expansão dessa situação e de perda de controle ou derrapagem são enormes. Os Estados Unidos estão cada vez mais deixando de lado a guerra por procuração e se envolvendo diretamente com no confronto com a Rússia.

E isso não vai levar a boas perspectivas ou resultado.

O Brasil na próxima cúpula dos Brics e na reunião na Arábia Saudita terá condições de contribuir para a busca de uma solução para a guerra entre Rússia e Ucrânia.

A nossa posição de equilíbrio entre as maiores potências deve continuar e faz parte da reinserção brasileira no mundo e da defesa do nosso interesse nacional.

Fonte: Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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