Como responsáveis pelo financiamento de projetos e empresas de todas as cadeias produtivas, os bancos são peças essenciais para a redução da pegada de carbono no mundo.
Para os cenários, riscos e oportunidades desse setor, consultorias estão analisando como as instituições financeiras brasileiras estão se posicionando frente à iniciativa ESG (sigla em inglês para padrões ambientais, sociais e de governança).
Elas precisam ainda avançar muito na análise setorial de suas carteiras de crédito até mesmo para poderem definir metas de cortes de emissões.
O crescimento das iniciativas para descarbonização é sustentado por três fatores: pressão dos consumidores, avanço regulatório e busca por resultados financeiros em longo prazo.
Os estudos mostram que há indícios de que o NPS – métrica de satisfação do usuário – é positivamente afetado quando os bancos integram ações de responsabilidade social e ambiental.
No Brasil, estudo recente da Febraban indica que 92% dos entrevistados consideram que as práticas ESG das empresas interferem em sua opinião sobre as marcas e que 77% gostariam de que a legislação fosse mais rígida quanto à sustentabilidade.
Porém, apenas 17% mencionam os bancos dentre as empresas que mais adotaram tais práticas.
Os principais bancos brasileiros apresentam alguma meta para descarbonização e, entre as 39 instituições financeiras de seis continentes que fazem parte da Força Tarefa sobre Divulgações Financeiras relacionadas ao clima da ONU, quatro são brasileiras.
Porém, os nossos bancos ainda têm o desafio de divulgar o planejamento para alcançar seus objetivos de descarbonização e não dividem seus planos por setor, o que seria imprescindível para definir as melhores estratégias para cada segmento.
Recentemente, o Banco Central adiou a regulação sobre divulgação de informações de riscos climáticos e sociais.
Os bancos devem criar metas para pelo menos nove setores intensivos em carbono: agricultura, alumínio, cimento, carvão, setor imobiliário, ferro e aço, petróleo e gás, geração de energia e transporte.
A NZBA (Net Zero Banking Alliance) espera que bancos brasileiros possam divulgar metas para alguns desses setores nos próximos 18 meses e para todos esses nove setores em até 36 meses.
O Bradesco se uniu à NZBA e busca aprimorar sua gestão sobre os fatores climáticos e garantiu que seus negócios estarão cada vez mais preparados para os desafios climáticos, apoiando seus clientes na transição para uma economia de baixo carbono e sendo um agente de transformação positiva na sociedade brasileira.
O Banco do Brasil afirmou que estuda aderir à NZBA, mas que já faz parte da Business Ambition for 1,5° C, uma iniciativa semelhante que também tem a meta de zerar as emissões de carbono até 2050.
Os holofotes estão agora na implementação. Uma das preocupações é que os bancos vão ter de olhar com lupa cada um dos setores de suas carteiras para ver o que realmente é factível de descarbonização.
Geralmente, em um cenário favorável a uma mudança para a economia de baixo carbono, é possível que a lucratividade anual dos bancos aumente em 30% até 2050 para aqueles que tomarem a liderança nessa transição tão importante para a reconstrução do Brasil.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.