O número de migrantes forçados venezuelanos que entram no Brasil a cada dia diminuiu após as eleições de 28 de julho , na comparação com a média do mês, segundo dados enviados à ANSA pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
Entre 29 de julho e 4 de agosto, cerca de 159 venezuelanos cruzaram a fronteira com o Brasil em Pacaraima (RR) por dia, uma queda de 48% em relação à média diária de 307 registrada no mês passado.
Isso mostra que, ao menos por enquanto, a crise deflagrada pela proclamação do presidente Nicolás Maduro como vencedor das eleições não aumentou o êxodo de deslocados forçados em direção ao Brasil, mas uma fonte explicou à ANSA que as cifras diárias “tendem a aumentar”.
De acordo com os dados do Acnur, 1.115 venezuelanos cruzaram a fronteira em Pacaraima entre 29 de julho e 4 de agosto. O dia de maior fluxo foi a sexta-feira passada (2), com a entrada de 253 migrantes forçados, seguida por domingo (4), com 242.
Ainda segundo a agência da ONU, cerca de 574,6 mil venezuelanos com necessidade de proteção internacional viviam no Brasil no fim de 2023, dos quais 128,6 mil eram reconhecidos como refugiados.
Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com pouco mais de 51% dos votos, mas o resultado é contestado pela oposição, que reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.