O conflito que teve início na madrugada deste sábado (7) entre Israel e Hamas deixou quase 700 mortos, até o momento, além de 4 mil feridos. Segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza, ao menos 313 palestinos morreram e quase 2 mil ficaram feridos com a reação das forças israelenses. Já o levantamento do lado israelense aponta que há mais de 350 mortos e 1.800 feridos.
O embate, no entanto, está só começando. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já declarou guerra aos palestinos e promete atacar “com todas as forças” a Faixa de Gaza, até que só sobrem “ruínas”.
Dentro de 24 horas o exército de Israel realizará uma operação para evacuar todos os moradores de cidades próximas à Gaza. Além disso, o governo israelense vai cortar o fornecimento de energia para todo o território, o que prejudica até os hospitais que atendem os feridos.
“Estamos fazendo o que podemos com o que temos, mas estamos enfrentando uma ameaça real, especialmente porque a energia foi cortada, e os geradores aqui consomem 48.000 litros de combustível por dia. Não podemos nos dar ao luxo de continuar operando dessa forma”, disse Abu Silmiya, diretor do hospital al-Shifa, o maior de Gaza, a al-Jazeera.
Moradores da região receberam alertas das forças de Israel avisando para buscarem abrigo, mas há poucas opções seguras na cidade sitiada.
“O fato de que podemos simplesmente sair e encontrar segurança em outro lugar é totalmente falso”, disse Zaki Anwar, pai de quatro filhos, a al-Jazeera. “Eles [o Exército israelense] podem tentar parecer misericordiosos, mas há apenas alguns minutos bombardearam uma casa residencial aqui no campo, matando 18 pessoas de uma única família.”
O que aconteceu
O Hamas, movimento islamista palestino, bombardeou Israel neste sábado com mais de cinco mil foguetes, no que chamou de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque.
“Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”
“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.