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MATO GROSSO

NugJur promove debate sobre Práticas Restaurativas na Educação com Secretaria de Educação de Sinop

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Visando levar a Justiça Restaurativa para as escolas públicas de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), o Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), realizou, na última terça-feira (25), uma reunião virtual com membros do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), da Vara da Infância e Juventude e da Secretaria de Educação daquele município. O objetivo foi alinhar o evento de apresentação da Justiça Restaurativa para cerca de 400 profissionais da Educação municipal e estadual de Sinop, que ocorrerá no dia 17 de maio, na Diretoria Regional de Educação (DRE).
 
A intenção do NugJur é sensibilizar a gestão municipal para firmar um termo de cooperação e levar capacitação de facilitadores de Círculo de Construção de Paz para que os profissionais da Educação possam utilizá-lo como ferramenta para cultivo de uma cultura de paz entre as crianças e adolescentes, além das família e comunidade escolar.
 
Durante a reunião, a juíza e coordenadora do Cejusc de Sinop, Débora Roberta Pain Caldas, agradeceu à secretária municipal de Educação, Sandra Da Conceição Donato Ferreira, pela abertura ao diálogo e destacou o interesse do Poder Judiciário em ser parceiro da Educação pública na construção de um ambiente pacífico nas escolas. “O que buscamos com a Justiça Restaurativa é construção de paz, queremos nos colocar ao lado, como parceiros da Educação, respeitando todos os processos que são de vocês. Estamos nos disponibilizando puramente para ajudar, para que possamos construir um futuro melhor para as crianças e adolescentes. Vamos juntos construir essa cultura de paz em Sinop”, explica a magistrada.
 
A assessora especial da Presidência do TJMT, Katiane Boschetti da Silveira, ressalta que antes mesmo dos atentados violentos que ocorreram em escolas no Brasil, neste ano, a presidente do Poder Judiciário de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, havia estabelecido como foco de sua gestão o fortalecimento e a ampliação da cultura de paz no âmbito do Judiciário e dos demais poderes, por meio de parcerias. Além disso, ela pontuou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu 2023 como o ano da Justiça Restaurativa na Educação; e que o Ministério da Educação vem investindo nos Círculos de Construção de Paz como forma de prevenir conflitos no ambiente escolar.
 
Nesse sentido, Katiane Boschetti enfatiza a importância do fomento da paz nas instituições de ensino. “A escola é um espaço extremamente potente para mudança de cultura. Se nós pensarmos qual é a política pública pela qual todos passam, é a Educação. Seja ela pública ou privada, é a política que atinge a todas as pessoas. Ela é o segundo espaço de convivência quando pensamos em criança e adolescente. E sabemos que, por vezes, a escola acaba sendo o local mais saudável de convivência. Então, se nós queremos pensar, a médio e longo prazo, numa mudança cultural, sem dúvida nenhuma, o espaço escolar é a porta de entrada”, afirma.
 
No município de Sinop, a semente da Justiça Restaurativa já está sendo plantada pelo Poder Judiciário, com a formação de 13 facilitadores de Círculo de Construção de Paz, que receberão seus certificados das mãos da presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino, no dia 18 de maio. “A gente sabe que a presidente tem como bandeira olhar para as escolas e levar a Justiça Restaurativa para os espaços de convivência. Sinop já está nessa caminhada e a nossa proposta é que a gente possa fortalecer e ampliar esse trabalho que a cidade já vem fazendo”, pontua Katiane Boschetti.
 
De acordo com a secretária de Educação de Sinop, Sandra Donato, a formação de facilitadores de Círculos de Paz já fez diferença nas unidades escolares cujos profissionais participaram. “A gente percebe uma tranquilidade para abordar o assunto com as crianças, a procura das famílias nas escolas, a mudança institucional dentro das escolas pois a instituição abraça o projeto e ele continua mesmo sem ter os parceiros porque realmente fez diferença naquele espaço”, relata.
 
A gestora destaca ainda que a proposta do NugJur vai ao encontro daquilo que as instituições de ensino precisam trabalhar com seus profissionais, com as crianças e, principalmente, com as famílias. “Nós acreditamos muito que, por meio da conscientização das pessoas que fizerem parte desse processo, nós vamos conseguir um resultado muito mais eficaz lá na frente. As crianças fazendo parte dos círculos de paz dentro das escolas, automaticamente isso vai chegar dentro das casas, dentro das famílias, que é algo que nós precisamos para realmente ter resultados na Educação e também na segurança no espaço público ou em qualquer espaço que seja”, avalia.
 
Para o juiz Jacob Sauer, titular da Vara Especializada da Infância e Juventude de Sinop, a Justiça Restaurativa se mostra de extrema relevância na prevenção de conflitos que venham a se agravar e acabar chegando até o Judiciário. “A Justiça da Infância e Juventude acaba recebendo muitas dessas demandas. Nós sabemos que alguns conflitos escolares acabam sendo resolvidos no próprio âmbito da escola, outros com a intervenção do Conselho Tutelar, mas os casos mais graves (e não são poucos) acabam chegando até o Poder Judiciário. E nós temos essa preocupação e para isso temos o grande auxílio da Justiça Restaurativa de não tratar apenas a consequência, de não tratar apenas aquele conflito mais aparente. E sim de tentar elucidar as causas efetivas daquele conflito. Por vezes o aluno tem um comportamento inadequado na escola, mas isso é decorrente de algo que acontece na sua família, da falta de assistência, às vezes do uso de droga. Enquanto isso não for tratado, infelizmente nós não vamos ter uma solução efetiva porque qual é a solução do modelo tradicional nesses casos? É a punição, é a suspensão ou expulsão da escola, talvez até uma medida socioeducativa em caso de uma prática infracional. Mas a questão que se apresenta é: isso vai resolver o problema? Não. No futuro, muito provavelmente esse jovem vai apresentar as mesmas dificuldades. Então, aí está a importância de uma construção efetiva da paz”.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Print de tela da reunião por videoconferência sobre a Justiça Restaurativa na Educação de Sinop. Na primeira janela aparecem duas servidoras da Secretaria de Educação, a primeira é uma mulher branca de cabelo castanho, comprido e liso, usando blusa marrom com manchas pretas; a segunda é uma mulher branca e loira, usando óculos de grau e camiseta azul com estampa de quebra-cabeças. Também aparece na tela a assessora especial da Presidência do TJ, Katiane Boschetti, uma mulher branca, com cabelo loiro, liso e na altura do ombro, penteado para trás, usando uma blusa com estampa florida. No terceiro quadro da videoconferência aparece a juíza Débora Pain, uma mulher branca, com cabelo comprido, loiro e liso, usando uma blusa preta de manga comprida. Por último, está a secretária de educação de Sinop, Sandra Donato. Ela é uma mulher de pele morena clara, cabelo na altura do ombro, castanho e liso. Ela usa uma blusa laranjada e um colar com medalhão dourado e está sorrindo.
 
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Governo de MT disponibiliza 773 casas para aquisição em Primavera do Leste

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O Programa SER Família Habitação, na modalidade Entrada Facilitada, está com 773 casas disponíveis para aquisição em Primavera do Leste. As unidades pertencem ao empreendimento Residencial Jardim dos Ipês nos módulos 2, 3 e 4.

Idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, o Programa SER Família Habitação, na modalidade de Entrada Facilitada, tem o objetivo de apoiar as famílias que sonham em ter a moradia própria.

“Meu sonho é que as famílias tenham a oportunidade de sair do aluguel e fazer planos para uma vida melhor. Eu sei o quanto ter um teto representa segurança e dignidade”, afirmou a primeira-dama.

A modalidade Entrada Facilitada é operacionalizada pela MT Participação e Projetos (MT Par), que por meio de uma parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), oferece subsídio de até R$ 20 mil para o cidadão. O recurso pode ainda ser integrado aos benefícios do Programa Minha Casa, Minha Vida, bem como as vantagens dadas pelo Governo Federal para o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo o presidente da MT Par, Wener Santos, o Governo de Mato Grosso percebeu que existia um grupo de pessoas que não estavam em uma situação de vulnerabilidade para acessar uma casa dos programas de Faixa Zero – com casas doadas -, porém não conseguia financiar um imóvel por conta da entrada, que para os agentes de créditos chega a ser 20% do valor do imóvel.

“Estamos falando de famílias que já pagam o aluguel, mas não conseguem juntar o dinheiro da entrada por conta das necessidades diária. Com o programa, eles conseguem o auxílio para superar esse obstáculo. Nós temos casos em que o cidadão não só zerou o valor da entrada, como conseguiu obter uma redução nas parcelas, fazendo com que a prestação da casa ficasse em um valor inferior ao aluguel”, afirma Wener Santos.

As casas do Residencial Jardim dos Ipês, localizadas na avenida Eduardo Zaleski, no bairro Santa Felicidade, possuem a partir de 44 metros quadrados de área útil, divididas em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

As famílias interessadas em adquirir um imóvel no local devem fazer o cadastro no Sistema de Habitação de Mato Grosso (Sihab-MT) e, depois da análise documental, podem acessar o subsídio estadual para ser aplicado na entrada do imóvel.

O programa

A modalidade Entrada Facilitada já tem mais de 46 mil unidades habitacionais com processo em andamento. As unidades são adquiridas pelas famílias depois do acesso ao subsídio do Governo de Mato Grosso, que é complementado com os provenientes do governo Federal.

Conforme os critérios, são portados R$ 20 mil para famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 2,85 mil; R$ 15 mil para famílias com renda bruta familiar mensal entre R$ 2.850 até R$ 4.700; e R$ 10 mil para famílias com renda bruta familiar mensal entre R$4.700,01 até R$ 8 mil.

Os interessados em adquirir uma casa pelo programa SER Família Habitação, que acontece em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), precisa entrar no site da MT PAR (www.mtpar.mt.gov.br) e em seguida fazer a inscrição no Sistema de Habitação de Mato Grosso (Sihab-MT).

Após o cadastro, o cidadão deve pegar o número da inscrição e procurar a construtora responsável pelo empreendimento para dar início ao processo documental e posterior avaliação da Caixa Econômica Federal (CEF).

Informações sobre o programa podem ser acessadas no site da MT PAR.

Fonte: Governo MT – MT

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