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Agronegócio

Novo plano safra deve ser anunciado em 10 dias, mas volume de recursos preocupa

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O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro anunciou que o Plano Safra 2024/2025 será lançado entre os dias 25 e 26 próximos, e que o volume de recursos disponíveis para financiamentos será superior ao do plano anterior, que foi de R$ 364,2 bilhões.

Mesmo assim a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou a preocupação da bancada com a possível insuficiência de recursos. De acordo com o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), o Plano Safra precisa ser debatido com o segmento que é impactado por ele.

“Precisamos saber de onde sairão os recursos e ter um diálogo construtivo”. Ele também manifestou preocupação com a equalização de juros, pode ser de apenas R$ 10 bilhões, valor significativamente abaixo das necessidades do setor.

“Nos assusta ouvir de algumas fontes do governo que a equalização será de aproximadamente R$ 10 bilhões, o que não atenderia nem metade do necessário. É um total absurdo,” afirmou Lupion. Ele enfatizou a necessidade de maior diálogo e transparência por parte do governo para garantir que as demandas do setor sejam atendidas.

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) também destacou a importância de um diálogo aberto sobre a origem dos recursos do Plano Safra. Segundo Moreira, a FPA pode atuar como uma ponte eficaz para garantir que as necessidades do setor agrícola sejam consideradas.

Imagem: assessoria

O presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende (foto), manifestou preocupações sobre a possibilidade de recursos insuficientes no novo Plano Safra 2024/2025. Rezende destacou a necessidade urgente de um aumento substancial no volume de recursos destinados ao agronegócio, especialmente diante das informações preliminares que indicam que os valores propostos pelo governo podem não atender às necessidades do setor.

“O agronegócio brasileiro, responsável por um terço do Produto Interno Bruto do país, enfrenta um momento crítico. O anúncio do Plano Safra 2024/2025 é aguardado com grande expectativa, mas as informações que temos recebido são preocupantes. O setor precisa de um apoio robusto e consistente para continuar crescendo e sustentando a economia nacional,” afirmou Rezende.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou R$ 570 bilhões em recursos para financiar pequenos, médios e grandes produtores, um aumento de 30% em relação ao Plano Safra anterior. Além disso, a CNA pede a suplementação do orçamento destinado à equalização de juros do crédito rural.

Em um contexto de redução da taxa Selic, que passou de 13,75% para 10,5%, o Ministro Fávaro espera uma correspondente redução nos juros para o crédito rural. Ele também mencionou que o governo está planejando investimentos significativos para apoiar a agricultura familiar, incluindo estímulos para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas.

“O plano safra que vai ser anunciado será maior que o atual. O presidente Lula se comprometeu com planos sucessivos maiores, como fez nos governos anteriores. Vai ser um plano recorde de novo”, declarou Fávaro.

O setor agrícola aguarda ansiosamente os detalhes do novo Plano Safra, com a esperança de que ele traga os recursos e políticas necessárias para sustentar e expandir a produção agrícola no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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