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Política Nacional

Novo juiz da Lava Jato nega ligação com Lula

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Eduardo Fernando Appio
Reprodução/Justiça Federal

Eduardo Fernando Appio


O juiz Eduardo Appio se tornou o titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba neste mês e ficará responsável por analisar os novos processos da Operação Lava Jato . Ele garantiu que não permitirá que a ação tenha um ponto final e garantiu que não se pautará em questões políticas.

“A Lava Jato na minha mão não vai morrer, não vou ser o coveiro oficial da Lava Jato, de forma alguma. Eu não aceito esse papel histórico”, declarou nesta terça-feira (28) em entrevista para o canal pago CNN Brasil.

Eduardo reforçou que continuará com muito trabalho na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.  Por fim, ele afirmou que a Operação Lava Jato “não está morta” e seguirá buscando punir responsáveis por crime de corrupção.

“Temos um volume muito grande de audiências. Eu estou em um ritmo de trabalho que talvez as pessoas não imaginem. Foi propalada essa versão, que não corresponde a verdade, que a Lava Jato está morta. A Lava Jato não está morta. A gente não quer jogar nada para debaixo do tapete”, completou.

Juiz voltou a negar doação a Lula

O juiz voltou a afirmar que não fez qualquer doação para Lula. No dia 17 de fevereiro, surgiu a informação que Eduardo teria doado R$ 13 para o petista e R$ 40 à deputada estadual Ana Júlia Pires Ribeiro (PT-PR).

 “Não houve essa doação. A imprensa na semana passada mencionou uma suposta doação minha de R$ 13 para a campanha do presidente Lula. Eu chequei extratos, não tem doação, e não tenho compromisso ideológico e partidário. Não teve nenhum tipo de apoio ou militância, e sequer votei nas últimas eleições”, reforçou.

Para comprovar que não fez nenhuma doação, o juiz enviou ao canal de TV um extrato bancário no dia 25 de setembro. Ele garantiu que não pedirá nenhuma retificação junto ao TSE.

Appio foi nomeado para ser juiz da 13ª Vara Federal por conta do critério de antiguidade entre magistrados que se colocaram à disposição da vaga deixada por Luiz Antonio Bonat.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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