O presidente Lula (PT) defendeu, nesta quinta-feira (4), a ideia de transformar a data de 2 de Julho em um feriado nacional para comemorar a Independência do Brasil, além do 7 de Setembro.
O feriado de 2 de Julho é comemorado apenas na Bahia, pois diz respeito à data de Independência do estado com a expulsão dos últimos portugueses relacionados à exploração da coroa no Brasil em 1823.
O mandatário chegou a participar das comemorações do feriado baiano em Salvador. Ele vestiu um turbante dos filhos de Gandhi, tradicional do grupo de afoxé do estado.
Dois dias depois, durante evento do lançamento da pedra fundamental de um superlaboratório público de ciência, o mandatário compartilhou a ideia em seu discurso, em que comentou os potenciais e as dificuldades do país ao longo da história.
“Nós fomos o último país a fazer a independência. E tem duas independências. Tem independência, que foi o grito do imperador, que a gente nem sabe se deu o grito mesmo, mas está lá. Dizem que deu o grito, tem a fotografia e alguns cavalos”, afirmou o presidente.
Em seguida, o petista afirma que a verdadeira Independência do país aconteceu em Salvador, na Bahia, com a expulsão dos colonizadores portugueses.
“Mas nós tivemos a verdadeira independência do Brasil, que foi o resultado final da expulsão dos últimos portugueses, que foi o 2 de Julho em Salvador, na Bahia. Ali, houve luta e houve mulheres heroínas, muitas mulheres que lutaram para garantir a independência”, disse.
“Eu agora vou tentar transformar os dois dias em ato oficial da Independência. E, mais ainda, vamos ter que recontar a história deste país”, completou Lula.
História do dia 2 de julho
No começo da década de 1820, a Bahia era uma das províncias mais exploradas pelo império português. Ao mesmo tempo, os habitantes eram extremamente leais a Dom Pedro I.
Distante física e ideologicamente da Coroa, a população se sentia cada vez mais explorada e negligenciada pelos colonizadores, principalmente após a chegada de Dom João I.
Com isso, a população baiana queria um governo composto apenas por brasileiros. Preocupado, Portugal queria reaver o controle da área, uma vez que a movimentação separatista tomava conta do Rio de Janeiro e era arriscado perder a região do nordeste.
Na tentativa de manter o controle da colônia, a Coroa instaurou a entrada de um comandante militar das tropas locais baianas, Inácio Luís Madeira de Melo, um veterano de guerra que lutou contra Napoleão, e era mau visto pela população.
Este foi o estopim para a população, que partiu para a luta contra os colonizadores. Em 28 de junho de 1823, os baianos tomaram uma embarcação portuguesa atracada às margens do Rio Paraguaçu, considerada a primeira vitória da população local contra a Coroa.
As lutas continuaram até dia 2 de julho, quando foi travada a batalha final em Salvador com a vitória do povo baiano e a expulsão da Coroa Portuguesa do Brasil.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.