As obras de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro , o maior equipamento cultural do Brasil, avançam para sua etapa final. A reforma vai além de melhorias de segurança e acessibilidade, com foco também na preservação patrimonial. Um dos destaques recentes foi a instalação das 488 novas poltronas na Sala Martins Pena, projetadas de acordo com o design original criado pelo renomado arquiteto Sérgio Rodrigues, referência no mobiliário brasileiro.
Durante uma visita técnica realizada nesta terça-feira (10), o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes , explicou que as antigas cadeiras precisaram ser substituídas devido à composição inflamável dos materiais.
“Embora fossem do Sérgio Rodrigues, as cadeiras da Sala Martins Pena foram trocadas porque o material usado na época era tóxico e fácil de pegar fogo. Seguindo as recomendações do Corpo de Bombeiros do DF, fizemos a substituição”, afirmou o secretário.
As novas poltronas, projetadas em veludo e com estrutura em madeira, foram desenvolvidas para garantir segurança, conforto e melhorar a acústica da sala. “As cores escolhidas por Athos Bulcão serão mantidas, com um tom de laranja na Martins Pena. As cadeiras agora são mais ergonômicas e serão distribuídas de forma a garantir uma visão sem obstruções para todos os espectadores”, detalhou Abrantes.
Outro avanço importante é a instalação de uma central de água gelada para climatização do espaço. O sistema foi projetado para atender não apenas a Sala Martins Pena, mas todo o complexo do Teatro Nacional. “Isso trará mais conforto térmico para o público e também vai melhorar a qualidade do ar que circula no teatro”, explicou.
Com um investimento total de R$ 70 milhões, a primeira etapa da reforma, focada na Sala Martins Pena, já concluiu importantes intervenções, como a criação de duas novas saídas de emergência, novos banheiros e a instalação de um reservatório de água com capacidade de 350 mil litros para prevenção de incêndios.
As obras também incluem a restauração de dois painéis icônicos do artista Athos Bulcão, que decoram o foyer e a Sala Martins Pena. Protegidas durante as intervenções, as peças estão agora em processo de restauração. “A nossa parceria com a Fundação Athos Bulcão vai garantir a manutenção desses painéis, que, felizmente, estão em bom estado de conservação”, destacou Abrantes.
Antonela Sole, arquiteta responsável pelo projeto de restauro, comentou os desafios de preservar a originalidade do teatro, projetado por Oscar Niemeyer, enquanto se adequava às normas modernas de acessibilidade.
“Nossa missão era criar caminhos acessíveis e saídas de emergência sem interferir no projeto original de Niemeyer”, explicou.
Além das melhorias físicas, o Teatro Nacional terá um memorial em homenagem a Claudio Santoro e outras figuras que nomeiam as salas do complexo cultural, como Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno e Martins Pena. A conclusão da reforma é aguardada com grande expectativa pelo público e pela comunidade cultural de Brasília.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.