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Agronegócio

Nova Ferroeste: Ibama aprova estudo ambiental para projeto de R$ 29,4 bilhões

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu sinal verde para a Nova Ferroeste, projeto ferroviário que ligará Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), com um investimento estimado em R$ 29,4 bilhões.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi aprovado após uma análise rigorosa. Com mais de 3 mil páginas, o relatório agora avança para a etapa crucial das audiências públicas, a serem realizadas nos próximos 45 dias.

O documento foi distribuído para as prefeituras de 49 municípios impactados pelo projeto, incluindo oito do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná. Além disso, diversas entidades federais e estaduais, como Incra, Iphan, Funai, ICMBio, Ibama do PR e MS, Ministério Público dos dois estados, IAT e IMASUL, receberam cópias.

O projeto da Nova Ferroeste visa a expansão da atual Ferroeste S/A, conectando Maracaju a Paranaguá, com um total de 1.304 quilômetros. Estudos indicam que, no primeiro ano de operação plena, a ferrovia poderá movimentar cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados. O leilão para a concessão do projeto está previsto para o segundo trimestre deste ano, com o vencedor explorando o trecho por 70 anos.

IMPORTÂNCIA – O projeto da Nova Ferroeste é de grande importância para o agronegócio brasileiro por diversos motivos:

  1. Escoamento Eficiente da Produção Agrícola: A construção da ferrovia oferece uma alternativa eficiente para o escoamento da produção agrícola da região, permitindo o transporte de grandes volumes de grãos de forma mais rápida e econômica.
  2. Aumento da Capacidade Logística: A ferrovia ampliará a capacidade logística da região, possibilitando o transporte de uma quantidade significativa de grãos e produtos agropecuários para os principais portos de exportação, como Paranaguá, facilitando o acesso a mercados internacionais.
  3. Redução de Custos e Tempo: O transporte ferroviário é geralmente mais eficiente em termos de custo e tempo em comparação com outros meios de transporte, como o rodoviário. Isso pode resultar em uma redução dos custos de transporte para os produtores e exportadores.
  4. Desenvolvimento Regional: A presença de uma infraestrutura ferroviária robusta pode estimular o desenvolvimento econômico regional, atraindo investimentos e promovendo o crescimento de setores relacionados ao agronegócio.
  5. Competitividade Internacional: Com uma infraestrutura de transporte mais eficiente, os produtos agrícolas brasileiros podem se tornar mais competitivos no mercado internacional, aumentando as exportações e fortalecendo a posição do país como um importante player no comércio global de alimentos.
  6. Diversificação de Rotas de Escoamento: A Nova Ferroeste oferece uma rota alternativa para escoamento da produção agrícola, proporcionando mais opções estratégicas e contribuindo para a diversificação de rotas logísticas.
  7. Estímulo ao Investimento: O projeto, com um investimento significativo, pode atrair investidores para a região, gerando empregos e fomentando o desenvolvimento socioeconômico local.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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