O projeto Nosso Judiciário, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), visitou nesta quarta-feira (13), a Escola Estadual Professora Elizabeth Maria Bastos Mineiro, no bairro Jardim Eldorado, em Várzea Grande, levando palestra e material pedagógico sobre o funcionamento da Justiça para cerca de 200 estudantes do ensino médio.
Com mais de 1,7 mil alunos matriculados do 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a unidade é uma das maiores do estado. Para a diretora, Daiana Mamedes, a aproximação do Poder Judiciário com a escola é uma oportunidade para os adolescentes conhecerem seus direitos e deveres.
“É muito importante a gente contar com o apoio da Justiça, primeiramente, para mostrar a eles quais são os seus direitos e também os seus deveres porque nós lidamos com adolescentes e muitos deles não têm acesso a essas informações. Então é de grande valia, é muito importante para a escola e para os nossos alunos”, afirma.
Durante a palestra, o servidor do TJMT, Neifi Feguri abordou diversos casos reais que se tornaram objeto de processos judiciais relativos a cyberbullying, injúria racial, importunação sexual, omissão de socorro, direitos do consumidor, falsificação de documentos, tráfico de drogas, crimes ambientais, entre outros, com o objetivo de mostrar aos jovens a importância de tomar as atitudes corretas.
A aluna do 1º ano do ensino médio, Ruth Vitória Ferreira de Souza, conta que este foi seu primeiro contato com o Poder Judiciário e que aprendeu muito com a palestra. “Eu aprendi que os Juizados Especiais tornam a Justiça mais acessível e com respostas imediatas. Essa palestra foi muito boa para me ajudar a entender tudo isso, que a justiça ajuda muito com os conflitos e isso é muito importante na nossa vida no dia-a-dia”, avalia.
Para Bruno Santana de Campos, aluno do 1º ano do ensino médio, o que chamou a atenção foi a descoberta de que pode ter acesso gratuito à Justiça. “Eu fui informado e fiquei contente porque, muitas das vezes, as pessoas não têm condições de bancar um advogado para um processo e podem acionar o Poder Judiciário e utilizar de um defensor público”.
Outro ponto que chamou a atenção do adolescente foi a questão do cyberbullying. “Eu não sabia que a gente não pode gravar vídeo das pessoas sem o consentimento delas, que é um crime. A gente não pode sair postando por aí coisas sem o consentimento da pessoa, coisa que ofende o próximo, como fake news também, coisa que pode lesar o próximo. Além de eu estar prejudicando a pessoa, eu estarei prejudicando a mim mesmo”, explica.
Em nove anos de existência, o projeto Nosso Judiciário já atendeu 126 escolas, levando informação para 29.720 estudantes de escolas do ensino básico.
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Pátio de escola lotado de alunos sentados, uniformizados com bermuda e camiseta azul marinho, prestando atenção na palestra proferida pelo servidor do Tribunal de Justiça, que está à frente, falando ao microfone.