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MATO GROSSO

Nos EUA, governador de MT defende agricultura de irrigação para aumentar produtividade em até três vezes

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O governador Mauro Mendes defendeu, nesta segunda-feira (08.05), o uso da agricultura de irrigação para aumentar em até três vezes a produtividade nas áreas de plantio em Mato Grosso.

Mauro palestrou no Global Conference Water for Food, evento realizado em Lincoln, capital do Estado do Nebraska, nos EUA.

“A falta dessa tecnologia de irrigação e outras fazem com que a nossa produtividade por hectare seja baixa, se comparada a algumas áreas dos EUA. Como exemplo, na produção de milho a nossa produtividade média é de 6 mil toneladas por hectare, enquanto nos EUA está em torno de 15 mil toneladas por hectare, quase três vezes mais”, citou.

O gestor apresentou dados de um estudo produzido pela Universidade Federal de Viçosa (MG), em parceria com a Imafir/Aprovir e Universidade do Nebraska.

O relatório mostra que Mato Grosso é o estado brasileiro com a maior capacidade de expandir sua produção por meio da irrigação, obtida via recursos aquáticos subterrâneos. Mato Grosso já é o maior produtor de alimentos do Brasil.

“A irrigação é, sem dúvida alguma, uma das maiores oportunidades que nós temos para aumentar a produção nos próximos anos. Da grande produção que temos, a parte que é feita com irrigação é muito pequena. Estamos cultivando 12 milhões de hectares para a agricultura e apenas 1,5% é feito com irrigação. Em Mato Grosso, temos potencial para ter quase 4 milhões de hectares para áreas de irrigação”, mostrou.

De acordo com o governador, é preciso investir em mais estudos para conhecer os aquíferos existentes no estado e, assim, poder expandir a prática de forma ambientalmente sustentável.

“Queremos produzir mais, porém preservando nosso biomar, em especial a Amazônia. E para fazer isso, teremos que contar com tecnologias dominadas em muitas partes do planeta. Por isso queremos aprofundar a relação com o Estado de Nebraska, que é referência em irrigação, com seus pesquisadores e atores econômicos. A expansão da agricultura irrigada deve acontecer principalmente por meio desse estudo que queremos iniciar sobre a utilização de aquíferos subterrâneos”, discursou.

Mauro Mendes ainda lembrou que Mato Grosso tem metas ousadas para continuar sendo um grande produtor de alimentos, e seguir preservando 62% do território.

“Nesse desafio de preservar o planeta, ter uma economia de baixo carbono e ao mesmo tempo aumentar a produção de alimentos, Mato Grosso pode dar uma grande contribuição. Teremos plenas condições de entregar uma economia de baixo carbono, zerando as nossas emissões até 2035, 15 anos antes da meta global. Queremos ampliar as cooperações internacionais e parcerias estratégicas com conhecimentos específicos, para continuar com esse papel de produção e preservação”, completou.

Para o presidente da Aprofir, Otávio Palmeira, o governador agiu de forma acertada ao buscar a expansão da produção nesse modelo moderno e sustentável.

“É um momento histórico para a irrigação de Mato Grosso. O governador fez uma excelente palestra sobre o estado e ele vai deixar esse legado, que é o estudo dos recursos hídricos subterrâneos de Mato Grosso. Isso vai servir para as futuras gerações. O governador Mauro Mendes teve sensibilidade política e visão de futuro”, destacou.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, avaliou que o posicionamento do governador consolidou Mato Grosso como um estado que produz respeitando o meio ambiente.

“Pudemos discutir um pouco sobre as soluções para o monitoramento e conhecimento da nossa disponibilidade hídrica subterrânea, e com esse investimento, Mato Grosso pode se tornar ainda maior enquanto produtor, utilizando a mesma área existente”, registrou.

Também participaram do evento: o governador do Estado de Nebraska, Jim Pillen; a primeira-dama Virginia Mendes; os deputados estaduais Beto Dois a Um, Carlos Avalone e Cláudio Ferreira; os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil) e César Miranda (Desenvolvimento Econômico); o diretor executivo da Aprofir, Afranio Migliari; o diretor de pesquisa do Instituto Water for Food e professor da Universidade do Nebraska, Christopher Neale; o professor da Universidade Federal de Viçosa (MG) e consultor do Imafir/Aprofir, Everardo Mantovani; e o pesquisador da Universidade Federal de Viçosa, Marcos Heil Costa.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Falso engenheiro civil terá que ressarcir vítima de estelionato em quase meio milhão

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Um falso engenheiro civil, que extorquiu quase meio milhão (R$ 435 mil) de vítima, terá que pagar indenização de R$ 415 mil, para compensar os danos causados. A decisão, unanime, é da Terceira Câmara Criminal do TJMT, que acolheu Recurso de Apelação Criminal que solicitava reforma parcial de sentença. O julgamento correu no dia 30 de outubro. 
 
A apresentação do recurso se fez necessário após a magistrada de 1º instância ter deixado de contemplar na sentença o pagamento de indenização à vítima e dar garantias de pagamento mínimo do valor. O pedido, apresentado tanto pela vítima quanto pelo Ministério Público Estadual, foi acolhido pelo relator do caso, o desembargador Gilberto Giraldelli e demais integrantes da turma.  
 
O crime de estelionato ocorreu entre maio e dezembro de 2021, quando a vítima contratou um suposto engenheiro civil para a construção de um imóvel e passou a fazer remessas de valores para a execução do projeto. Ao mesmo tempo, o ‘executor’ da obra emitia comprovantes de pagamentos dos materiais adquiridos, documentos que constavam o agendamento do valor, que eram cancelados posteriormente. Enquanto isso, o acusado usufruía dos valores pagos pela vítima, até que a dissimulação foi descoberta.  
 
No julgamento do caso, o juiz de origem condenou o réu à pena de um ano, dez meses e 15 dias de reclusão, no regime inicial aberto, mais o pagamento de multa. Pela prática do crime de estelionato, em continuidade delitiva, e da contravenção penal de Exercício Ilegal da Profissão, a condenação foi de 15 dias de prisão simples.  
 
Nesta sentença, a magistrada deixou de fixar o valor mínimo indenizatório em desfavor do réu, a título de reparação pelos prejuízos causados à vítima. Além disso, revogou o arresto que o MPE havia imposto anteriormente sobre o bem imóvel, como garantia de pagamento da indenização à vítima.  
 
Com o pedido de reformulação parcial da sentença pelo MPE e pela vítima, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso reformulou a sentença.  
 
“Conheço e dou provimento aos recursos de apelação criminais interpostos pelo MPE e pela vítima, na qualidade de assistente de acusação, a fim de restabelecer a medida assecuratória de arresto e de fixar valor mínimo indenizatório a título de reparação pelos danos decorrentes das infrações penais, no importe de R$ 413.402,71”, escreveu o relator do caso, desembargador Gilberto Giraldelli. 
 
Priscilla Silva 
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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