Connect with us

Economia

No G20, Haddad pede ações para reduzir juros e avançar meta climática

Publicado

em

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Reprodução/YouTube/Fiesp

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , discursou nesta sexta-feira (24) no G20, grupo das maiores economias do mundo, e pregou diálogo entre os países, mas com foco em ações que tenham resultados práticos, principalmente visando desenvolvimento sustentável e redução dos juros e do nível de endividamento. 

Haddad lembrou que em 2008 o G20 conseguiu superar a crise financeira e espera que o grupo consiga resolver a crise atual da mesma forma, através do multilateralismo, mas com atitudes concretas e não só diálogo. 

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

“Hoje enfrentamos vários desafios interligados, crises multidimensionais, a consequências da pandemia, guerras, conflitos, aumento da pobreza, desigualdades e obstáculos ao fornecimento de alimentos e energia limpa a preços acessíveis. Nesse contexto, o aumento do diálogo entre as maiores economias é importante, mas não suficiente. Precisamos de ações com resultados concretos.”

O ex-prefeito de São Paulo também se demonstrou preocupado com os níveis de endividamento, principalmente entre os países mais pobres. Segundo ele, o aumento nas taxas de juros em meio às fragilidades da economia global agravam o cenário.

Haddad defendeu que os países aprofundem seus investimentos com objetivo de atingir o desenvolvimento sustentável e disse apoiar discussões sobre as reformas dos bancos multilaterais de desenvolvimento a fim de reforçar o seu papel na formação de parcerias para lidar com o problema do clima, da alimentação e da pobreza. 

“Essas instituições devem estar bem capitalizadas e flexíveis para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento de longo prazo, taxas de juros e estruturas inovadoras para reduzir riscos, estimular relações público-privadas parcerias e atrair investimentos privados”, cobrou.

Ele ressaltou, no entanto, que para países em desenvolvimento o custo para financiar ações climáticas é mais elevado e acompanha outros riscos. 

“O financiamento climático é mais caro e vem com taxas de risco mais altas para esses países, o que torna mais difícil para eles atingirem as metas de redução de emissões de carbono. É fundamental que os países desenvolvidos cumpram os compromissos estabelecidos pela Acordo de Paris e a ambição declarada em Glasgow e no Egito, incluindo escala recursos para mitigação e adaptação”, afirmou.

Haddad reforçou ainda o compromisso renovado do presidente Lula de acabar com o desmatamento até 2030.

O ministro criticou o período em que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na presidência. Segundo ele, “o Brasil estava isolado, ausente e em desacordo com seus valores e tradições”. Haddad prometeu retomar o protagonismo brasileiro nas discussões internacionais. 

“Olhando para o futuro, vamos reconstruir nossa presença internacional. Os assuntos econômicos e financeiros são uma parte crucial dessa esforço.”

Fonte: IG ECONOMIA

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

Publicado

em

Por

Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora