O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , suspendeu neste domingo (5) o ministro do Patrimônio Nacional, Amichai Eliyahu, após sua declaração de bombardear a Faixa de Gaza com uma bomba atômica, disse o gabinete do primeiro-ministro.
Num comunicado, o gabinete de Netanyahu disse que “as declarações do ministro Amichai Eliyahu não são baseadas na realidade”.
“Israel e as Forças de Defesa de Israel estão operando de acordo com os mais altos padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes”, afirmou o comunicado.
No domingo anterior, Eliyahu, ministro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, disse que lançar uma “bomba nuclear” na Faixa de Gaza é “uma opção”.
Durante uma entrevista, Eliyahu também disser ser contrário à “qualquer ajuda humanitária em Gaza”.
“Não entregaríamos ajuda humanitária aos nazistas”, disse o ministro. “Não existem civis não envolvidos em Gaza.”
O ministro da extrema-direita também disse que a população palestiniana “pode ir para a Irlanda ou para os desertos, os monstros em Gaza devem encontrar uma solução por si próprios”.
Ele acrescentou: “Qualquer pessoa que agite uma bandeira palestina ou do Hamas não deveria continuar a viver na face da terra”.
O líder da oposição Yair Lapid apelou à demissão de Eliyahu devido às suas declarações.
Lapid afirmou se tratar de “uma declaração chocante e maluca de um ministro irresponsável”.
“Ele prejudicou as famílias dos sequestrados, prejudicou a sociedade israelense e prejudicou a nossa posição internacional”, disse ele no X, antigo Twitter.
“A presença dos extremistas no governo põe-nos em perigo e ao sucesso dos objetivos de guerra – derrotar o Hamas e devolver todos os raptados”, acrescentou o líder da oposição.
Ele também enfatizou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “deve demiti-lo esta manhã”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.