O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta sexta-feira (9) que a Defesa do país trabalhe estratégias de evacuação de civis abrigados em Rafah, cidade que fica no sul da Faixa de Gaza.
“Não é possível atingir os objetivos da guerra para a eliminação do Hamas e ao mesmo tempo deixar quatro batalhões seus em Rafah”, diz comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.
O informe menciona a necessidade de dois planos, “um para a eliminação dos batalhões do Hamas, outro para a evacuação da população civil”.
Mais de um milhão de palestinos fugiram para Rafah desde o início da operação terrestre do Exército israelense no norte de Gaza. Nos últimos meses da guerra, os deslocados que se alojaram em Rafah transformaram o local em uma “cidade de tendas”.
Dominada por acampamentos improvisados, Rafah era uma das únicas áreas de Gaza que foram poupadas pelos ataques de Israel.
O Hamas propôs uma trégua de 135 dias, mas Netanyahu rejeitou. Aliados do premiê, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se referiu a reação de Israel como “exagerada”.
No início da semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajou a Arábia Saudita e ao Egito para tentar avançar negociações de trégua e libertação de reféns, mas não conseguiu chegar a um acordo.
Já somam 27.947 palestinos mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas que começou no dia 7 de outubro. De acordo com balanço do Ministério da Saúde da Palestina, o número de feridos chegou a 67.459.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.