O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou a possibilidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza , a menos que os reféns sejam libertados. Ele e o presidente dos Estados Unidos, Joe Bide, conversaram nesta segunda-feira (6).
“Não haverá cessar-fogo em Gaza sem a libertação dos nossos reféns”, respondeu Netanyahu à ABC News. “No que diz respeito a pequenas pausas táticas, uma hora aqui, uma hora ali. Já as tivemos antes, suponho, verificaremos as circunstâncias para permitir a entrada de mercadorias, bens humanitários, ou nossos reféns, reféns individuais, para sair. Mas não creio que haverá um cessar-fogo geral”, completou.
Netanyahu continuou: “Acho que isso prejudicará o esforço de guerra. Irá prejudicar o nosso esforço para retirar os nossos reféns porque a única coisa que funciona com estes criminosos no Hamas é a pressão militar que estamos a exercer”.
O âncora perguntou se Netanyahu avaliaria uma pausa nos bombardeios se o Hamas concordasse com a libertação dos reféns. Segundo autoridades israelenses, 241 pessoas estão detidas pelo grupo militante.
“Haverá um cessar-fogo para esse fim”, respondeu Netanyahu.
Biden e altos funcionários da administração americana têm pressionado Israel para pausas “humanitárias” temporárias nos combates, para que mais ajuda possa entrar em Gaza e mais civis possam escapar dos combates no enclave palestino.
Segundo a Casa Branca, nenhum acordo foi alcançado durante a conversa. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que o governo considera que as partes estão no “início desta conversa”.
Os EUA propuseram que a Faixa de Gaza fique sob controle internacional, por meio de uma coalizão de países árabes, até que possa ser retomado o controle pela Autoridade Palestina.
O primeiro-ministro indicou acreditar que Israel terá um papel a desempenhar em Gaza por um “período indefinido”. No mês passado, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sugeriu que a fase final da era seria cortar “a responsabilidade de Israel pela vida na Faixa de Gaza” e estabelecer uma “nova realidade de segurança para os cidadãos de Israel”.
“Acho que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.