O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu mais tempo para a libertação de reféns do Hamas. A declaração foi dada nesta segunda-feira (25) durante o pronunciamento ao Parlamento israelense.
Familiares de parentes cobraram um posicionamento do premiê sobre a libertação dos reféns. Eles interromperam o pronunciamento aos gritos de “agora, agora” e cartazes com dizeres “e se fosse seu filho?” e “80 dias, cada minuto é um inferno”.
Segundo o governo israelense, ainda há 129 reféns em poder do Hamas. Dos 240 israelenses sequestrados, o grupo extremista liberou 80 pessoas após uma trégua de um fim de semana.
Ao Parlamento, Netanyahu garantiu que manterá as ofensivas até ser decretada a vitória de Israel no conflito. A guerra já dura quase três meses e mais de 20 mil pessoas morreram entre palestinos e israelenses.
“Não podemos parar a guerra enquanto não alcançarmos a vitória contra os que atacam as nossas vidas. Não vamos parar até a vitória”, afirmou.
Na última sexta-feira (22), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que aprova uma trégua no conflito entre Israel e Hamas. A proposta foi sugerida pelos Emirados Árabes Unidos e teve abstenções dos Estados Unidos e Rússia.
A medida prevê maior ajuda humanitária em Gaza, além de pedir medidas para reduzir as hostilidades e encontrar meios para um fim “sustentável” do conflito. O texto também pede a nomeação de um coordenador humanitário para organizar as entregas de insumos humanitários à Faixa de Gaza.
Entretanto, o exército de Israel ignorou a resolução e manteve os bombardeios na manhã de sábado (23) na Faixa de Gaza. Segundo o Hamas, 18 pessoas morreram após um atentado ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza.
No dia anterior, Israel já havia bombardeado um edifício que deixou 76 pessoas de uma mesma família mortos. Segundo a Defesa Civil de Gaza, o ataque foi o mais mortífero do conflito com os israelenses.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.