O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, neste domingo (17), que vai avançar com uma operação militar israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e que essa ação levará “várias semanas”.
“Reitero: vamos operar em Rafah. Isto levará várias semanas e acontecerá”, afirmou Netanyahu no início de uma reunião governamental.
“Aos nossos amigos da comunidade internacional, eu digo: suas memórias são tão curtas? Vocês esqueceram tão rapidamente o 7 de outubro, o mais horrível massacre de judeus desde o Holocausto?”, questionou.
O primeiro-ministro argumentou que “os planos operacionais de ação em Rafah, incluindo o avanço das medidas para evacuar a população civil das zonas de combate”, foram aprovados. “Esta é uma etapa essencial antes da ação militar”, concluiu.
Netanyahu ainda disse que, na comunidade internacional, “há aqueles que estão tentando parar a guerra, lançando falsas acusações contra as FDI [Forças de Defesa de Israel], o Governo de Israel e o Primeiro-Ministro de Israel”.
“Eles estão fazendo isso por meio de um esforço para realizar eleições agora, no auge da guerra. Eles estão fazendo isso porque sabem que as eleições agora irão parar a guerra e paralisar o país por pelo menos seis meses”, disse.
O líder da maioria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, criticou na quinta-feira (14) o governo israelense, pedindo novas eleições em um discurso no plenário do Senado sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Além disso, o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou estar “seriamente preocupado” com uma ofensiva em Rafah, que abriga 1,4 milhão de palestinos refugiados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.