Em pronunciamento neste domingo (18), o primeiro-ministro disse que “comparar Israel e o Holocausto com os nazistas e Hitler cruza uma linha vermelha”.
“As frases pronunciadas pelo presidente do Brasil são vergonhosas e graves, diminuem o Holocausto e representam uma tentativa de atingir o povo judeu e o direito de defesa de Israel”, afirmou Netanyahu.
O premiê e o ministro das Relações Exteriores Israel Katz ainda decidiram “convocar imediatamente” o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, para expressar seu “repreensão” às declarações de Lula, dadas durante uma coletiva de imprensa na Etiópia.
“Eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente, que não está vendo que, na Faixa de Gaza, não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio”, disse o presidente, ao ser questionado sobre a suspensão de repasses financeiros de países ricos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), acusada por Israel de abrigar colaboradores do grupo fundamentalista Hamas.
Segundo o mandatário brasileiro, o conflito no enclave palestino não é “entre soldados”, porém sim entre “um exército altamente preparado e mulheres e crianças”.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.