Segundo informações da Guarda Costeira da Itália, a embarcação tinha por volta de 750 migrantes a bordo e naufragou na última quarta-feira (14).
O pesqueiro superlotado havia partido de Tobruk, no litoral leste da Líbia, com destino à Itália, principal porta de entrada para migrantes forçados na União Europeia.
“Ainda não temos todas as informações sobre o que aconteceu, mas parece ser a maior tragédia do Mediterrâneo. Os traficantes que colocam estas pessoas nestes barcos não as estão enviando para a Europa, mas para a morte.
É absolutamente necessário prevenir isso”, afirmou Johansson.
A agência grega Ana-MPA informou que as operações de buscas para encontrar pessoas desaparecidas continuou hoje, mas ninguém foi achado. Com isso, o número de mortos confirmados permanece em 78.
“Fizemos contato com as autoridades gregas, mas sejamos honestos, este não é um problema grego, é um problema europeu. Penso que chegou o momento de a Europa definir uma política migratória eficaz para que tal episódio não volte a acontecer”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
O médico Manolis Makaris, responsável pelo acolhimento dos sobreviventes do naufrágio, afirmou ser “possível que haja até 600 mortos” na tragédia.
A Frontex, agência da UE para controle de fronteiras, informou que mais de 50,3 mil migrantes desembarcaram na Europa através da perigosa rota do Mediterrâneo central, um aumento de 158% em comparação ao período homólogo passado.