Segundo informações da Guarda Costeira da Itália, a embarcação tinha por volta de 750 migrantes a bordo e naufragou na última quarta-feira (14).
O pesqueiro superlotado havia partido de Tobruk, no litoral leste da Líbia, com destino à Itália, principal porta de entrada para migrantes forçados na União Europeia.
“Ainda não temos todas as informações sobre o que aconteceu, mas parece ser a maior tragédia do Mediterrâneo. Os traficantes que colocam estas pessoas nestes barcos não as estão enviando para a Europa, mas para a morte.
É absolutamente necessário prevenir isso”, afirmou Johansson.
A agência grega Ana-MPA informou que as operações de buscas para encontrar pessoas desaparecidas continuou hoje, mas ninguém foi achado. Com isso, o número de mortos confirmados permanece em 78.
“Fizemos contato com as autoridades gregas, mas sejamos honestos, este não é um problema grego, é um problema europeu. Penso que chegou o momento de a Europa definir uma política migratória eficaz para que tal episódio não volte a acontecer”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
O médico Manolis Makaris, responsável pelo acolhimento dos sobreviventes do naufrágio, afirmou ser “possível que haja até 600 mortos” na tragédia.
A Frontex, agência da UE para controle de fronteiras, informou que mais de 50,3 mil migrantes desembarcaram na Europa através da perigosa rota do Mediterrâneo central, um aumento de 158% em comparação ao período homólogo passado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.