Na enésima tragédia no Mar Mediterrâneo , ao menos 45 pessoas morreram após um naufrágio ocorrer na altura da costa da cidade italiana de Cutro , na região da Calábria , neste domingo (26).
Cerca de 50 migrantes conseguiram sobreviver nadando até a praia e relataram que a embarcação tinha entre 180 e 250 pessoas a bordo. Eles afirmaram ainda que a embarcação se partiu no meio por conta da forte agitação no mar.
Os corpos resgatados foram encontrados boiando na água ou nas areias da praia de Cutro e, entre as vítimas, há mulheres e crianças.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que sente uma “profunda dor por tantas vidas humanas abreviadas por traficantes de pessoas”.
Com um governo que voltou a pressionar as ONGs humanitárias que atuam no resgate de pessoas em embarcações clandestinas e que está pressionando a União Europeia a agir mais efetivamente sobre o tema, Meloni ainda disse que “não é hora de especular sobre essas mortes”. “O governo está comprometido a impedir as partidas e com isso a chance de tragédias como essa, e continuará a fazer isso, também exigindo o máximo de colaboração dos Estados de partida e proveniência”, acrescentou.
Já a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), uma das afetadas pelas medidas do governo italiano, criticou a falta de ação para socorrer as pessoas no mar.
“No Mediterrâneo, continua-se morrer de maneira incessante em um desolador vácuo na capacidade de socorro. A poucas dezenas de quilômetros das costas italianas, quando a meta está perante os olhos, naufragou o futuro de dezenas de pessoas que buscavam uma vida mais segura na Europa. É humanamente inaceitável e incompreensível porque estamos aqui assistindo tragédias evitáveis. É um soco no estômago”, disse um dos representantes da MSF, Sergio Di Dato.
Conforme o porta-voz da Unicef Itália, Andrea Iacomini, “são mais de 25,8 mil mortos e desaparecidos desde 2014 ao longo da rota do Mediterrâneo Central, sendo 120 só em 2023 – incluindo muitas crianças”. “Mas esse número é subestimado porque considera só os casos denunciados ou os corpos encontrados”, pontua ainda.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.