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‘Não há registro de brasileiros sequestrados’, diz embaixador

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Reprodução: senado
Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel

Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, afirmou que não há a confirmação de brasileiros sequestrados pelo grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. Ontem (11), o porta-voz do Ministério da Defesa israelense, Jonathan Conricus, disse que havia brasileiros e cidadãos de outras nações mantidos reféns pelo grupo extremista .

“Houve um boato, uma declaração de um funcionário das forças israelenses de que teria brasileiros [entre os sequestrados]. Depois eles mesmos disseram que não. Oficialmente, nós perguntamos e a resposta foi que nem eles [israelenses], nem a Interpol têm qualquer registro de sequestrados [brasileiros]. É com essa informação que a gente trabalha”, disse o embaixador em entrevista ao Poder360.

Até o momento, dois brasileiros foram encontrados mortos após os ataques. Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu , ambos de 24 anos, estavam em uma rave chamada Universo Paralello, que foi atingida pelos mísseis de Hamas. A festa aconteceu no deserto de Negev, no sul de Israel e a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

Cerca de 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia a rave. Segundo informações do Itamaraty, ainda há mais uma brasileira desaparecida: Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Ela mora em Israel há 11 anos, na cidade de Bet Ezra, Hadarom.


Brasileiros repatriados

De acordo com o embaixador, até quarta-feira (11), 2.577 brasileiros em Israel e outros 26 na Faixa de Gaza solicitaram retorno ao Brasil. Ele afirmou que o governo trará todos que queiram voltar.

Meyer revelou ainda como é feita a escala de prioridade para retirar brasileiros de Israel. “A primeira são os não residentes. Depois, cadeirantes, idosos, mulheres grávidas e bebês. Daí você tem pessoas de todas as idades e todas as condições. Você tinha evangélicos fazendo peregrinação, católicos, é um grande número de pessoas. E também aqueles que vieram visitar familiares. Tem todo o tipo de pessoas aqui. Nós vamos tirar todo mundo. A instrução do governo Lula e do ministro Mauro Vieira [das Relações Exteriores] é retirar todos que queiram”, afirmou ele.

Questionado sobre a posição do Brasil em relação ao conflito, o embaixador respondeu: “A posição oficial do Brasil é condenar o ataque. O próprio presidente Lula falou isso no Twitter. E a nossa política é do entendimento. A última guerra que houve no Brasil foi há 170 anos. Somos a favor do diálogo. As pessoas têm que sentar e conversar. Há 75 anos existe essa situação [de conflito entre Israel e Palestina]. Enquanto as pessoas usarem a violência indiscriminada, nada vai ser resolvido. Vai continuar tendo civis e pessoas inocentes sendo mortas dos 2 lados. As pessoas têm que sentar e conversar. Essa é a nossa posição”, disse ao Poder360 nesta quinta-feira (12).

Fonte: Internacional

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