“Houve um boato, uma declaração de um funcionário das forças israelenses de que teria brasileiros [entre os sequestrados]. Depois eles mesmos disseram que não. Oficialmente, nós perguntamos e a resposta foi que nem eles [israelenses], nem a Interpol têm qualquer registro de sequestrados [brasileiros]. É com essa informação que a gente trabalha”, disse o embaixador em entrevista ao Poder360.
Até o momento, dois brasileiros foram encontrados mortos após os ataques. Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu , ambos de 24 anos, estavam em uma rave chamada Universo Paralello, que foi atingida pelos mísseis de Hamas. A festa aconteceu no deserto de Negev, no sul de Israel e a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.
Cerca de 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia a rave. Segundo informações do Itamaraty, ainda há mais uma brasileira desaparecida: Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Ela mora em Israel há 11 anos, na cidade de Bet Ezra, Hadarom.
Brasileiros repatriados
De acordo com o embaixador, até quarta-feira (11), 2.577 brasileiros em Israel e outros 26 na Faixa de Gaza solicitaram retorno ao Brasil. Ele afirmou que o governo trará todos que queiram voltar.
Meyer revelou ainda como é feita a escala de prioridade para retirar brasileiros de Israel. “A primeira são os não residentes. Depois, cadeirantes, idosos, mulheres grávidas e bebês. Daí você tem pessoas de todas as idades e todas as condições. Você tinha evangélicos fazendo peregrinação, católicos, é um grande número de pessoas. E também aqueles que vieram visitar familiares. Tem todo o tipo de pessoas aqui. Nós vamos tirar todo mundo. A instrução do governo Lula e do ministro Mauro Vieira [das Relações Exteriores] é retirar todos que queiram”, afirmou ele.
Questionado sobre a posição do Brasil em relação ao conflito, o embaixador respondeu: “A posição oficial do Brasil é condenar o ataque. O próprio presidente Lula falou isso no Twitter. E a nossa política é do entendimento. A última guerra que houve no Brasil foi há 170 anos. Somos a favor do diálogo. As pessoas têm que sentar e conversar. Há 75 anos existe essa situação [de conflito entre Israel e Palestina]. Enquanto as pessoas usarem a violência indiscriminada, nada vai ser resolvido. Vai continuar tendo civis e pessoas inocentes sendo mortas dos 2 lados. As pessoas têm que sentar e conversar. Essa é a nossa posição”, disse ao Poder360 nesta quinta-feira (12).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.