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Política Nacional

‘Não foi traição’, diz Zambelli após afirmar que fez aceno ao STF

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Zambelli deu declarações admitindo aceno ao STF
Billy Boss/Câmara dos Deputados

Zambelli deu declarações admitindo aceno ao STF


Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal, afirmou nesta quinta-feira (23) que o seu aceno político ao STF (Supremo Tribunal Federal) não foi sinônimo de traição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala da parlamentar foi feita  após o ex-chefe do Executivo rebater algumas declarações. 

“Eu não estou criticando o Bolsonaro. Eu realmente fiz um aceno político ao STF, mas isso não significa que eu fiz um acordo com o Moraes, e também não foi traição”, disse Zambelli em entrevista concedida à CNN. 

Ela pontuou ainda que as mudanças verificadas no seu discurso foram necessárias porque “mudou a realidade do Brasil”. A parlamentar disse também que antes defendia o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas agora mudou de visão. 


“[…] Se a gente tira Alexandre de Moraes hoje, quem é que recoloca um novo ministro no local? É o presidente Lula. Eu não tenho nenhum apreço em saber que eu vou tirar Alexandre de Moraes e colocar outra pessoa indicada por Lula. Acho que talvez substituir uma pessoa que já sabe o que a gente pode esperar, do que uma pessoa que vai entrar sem nenhum pudor e com muito mais tempo de Supremo pela frente”, afirmou.

Zambelli x Bolsonaro

Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, Carla Zambelli afirmou que as falas de Bolsonaro podem ter estimulado o comportamento golpista dos apoiadores , mas reiterou que as ‘condutas’ devem ser individualizadas. Na sua visão, Bolsonaro não pode ser responsabilizado por atos de seus seguidores.

Ela ainda disse que não tem mais a missão de defender Bolsonaro, mas ressaltou que irá fazer forte oposição à Lula.

“Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e o governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos”, afirmou a deputada.

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Ela também ressaltou que procurou Alexandre de Moraes por ter “expectativa” de ser presa pela Polícia Federal.

“Liguei e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar”, afirmou a parlamentar. 

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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