Caso Israel cumpra sua promessa de remover a liderança do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, afirmou nesse domingo (29) que a Palestina não retomará o governo da região, a menos que uma solução “abrangente” seja construída, envolvendo a Cisjordânia.
“Deveríamos permitir que a Autoridade Palestina assuma o controle de Gaza e gerencie seus assuntos sem uma solução política para a Cisjordânia, como se estivéssemos embarcando em um F-16 ou um tanque israelense?”, questiona Shtayyeh. “Eu não aceito isso. Nosso presidente [Mahmoud Abbas] não aceita. Nenhum de nós aceitará”.
Ele acrescenta: “Acreditamos que precisamos ter uma visão abrangente e pacífica. A Cisjordânia requer uma solução, e só então podemos unir Gaza a ela no contexto de uma solução de dois Estados”.
Em 2007, a Autoridade Palestina foi deposta de Gaza por um golpe militar do Hamas, que controla a região desde então. Segundo Shtayyeh, a própria necessidade israelense de que outros governos administrem o território no lugar do Hamas dá à comunidade internacional uma rara oportunidade para alavancar as negociações em prol de uma solução de dois Estados. “A questão para nós é: como podemos fazer deste desastre uma oportunidade para a paz?”, pontuou.
Israel comandou a Faixa de Gaza por 38 anos, até efetuar um plano de retirada em 2005, após um ano de negociações com a Autoridade Palestina. O governo de Israel não pretende voltar ao comando direto da região.
“Penso que agora é o momento para o presidente americano e para a Europa retomarem a liderança e dizerem: ‘Estamos prontos para o dia seguinte e para uma solução abrangente e não uma solução parcial’”, disse o premiê palestino.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.