E um dos pontos com muito lixo descartado, foi justamente a área de preservação ambiental. “Limpamos esse espaço e vamos fazer monitoramento semanal para acompanhar se haverá novamente descarte em local inapropriado”, frisa o secretário-adjunto de Saúde e Saneamento, Sílvio Stolfo. “É proibido o descarte de lixo nesse ambiente”, reforça.
Sílvio salienta que o Município realiza constantemente ações de conscientização e alerta que incluem mutirões como o de sábado e ações educativas em escolas e bairros. Em todos os momentos, a meta é eliminar criadouros do Aedes aegypti, aquele mosquito que incomoda e é o vetor de três doenças: dengue, Zika e chikungunya. A ação, realizada pela Prefeitura de Sorriso por meio da Secretaria de Saúde e Saneamento, contou com o apoio de várias outras secretarias e outros parceiros como os projetos sociais Bombeiros do Futuro, Luz do Amanhã e presidentes de bairros que atuaram como voluntários.
Dados de 2023
De acordo com o “Boletim da Dengue”, divulgado pela equipe de Vigilância em Saúde em 21 de novembro, de 1.º de janeiro até o momento, foram 264 registros de dengue; desse total há sete registros de dengue com sinais de alarme e um de dengue grave. Também foram registrados dois casos de Zika – um em março e outro em abril e quatro de Chikungunya – dois em fevereiro; um em março e um em abril.
Hoje o local com maior índice larvário é o Loteamento do Valo com 10,74% de índice larvário; na sequência aparece o Assentamento Jonas Pinheiro com 7,56%; no terceiro local da lista aparece o Industrial Leonel Bedin com índice de 6,21%; na sequência, em quarto lugar o bairro São José com 5,99% e em quinto lugar o Residencial Topázio com índice de 5,43%. Os cinco locais, bem como outros pontos do Município, são considerados como zona de risco, pois estão acima de 1%, índice considerado seguro pelo Ministério da Saúde.
Mesmo com mais de 260 casos, o número geral está abaixo do registrado em 2022 quando somente de janeiro a julho foram confirmados 2.196 casos. No comparativo específico com o primeiro semestre de 2023 (janeiro a julho de 2023) que somou 223 registros, há uma queda de 89,84% em relação ao primeiro semestre de 2022. Durante todo o ano de 2022 foram 2.296 confirmações – as outras 100 situações se deram entre agosto e dezembro do ano passado. No período – 1.º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022; o Município confirmou um caso de Zika e não houve registros de Chikungunya.
“No geral, os números em relação à dengue estão bem menores, o que têm nos animado; e para manter em baixa estamos intensificando as ações de orientação e conscientização nas escolas, pois as crianças aprendem, passam e cobram essa postura de cuidado em casa”, frisa a coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno. Há ainda as ações de orientação e visita de campo que são rotina no dia a dia da Vigilância em Saúde Ambiental.
“Não há um período do ano em que possamos descuidar; o cuidado permanente precisa ser uma rotina o ano inteiro”, frisa a coordenadora ao lembrar a importância de dar aquela geral no quintal pelo menos uma vez por semana; uma ação simples que elimina criadouros e evita a proliferação do Aedes aegypti e de demais animais peçonhentos.
Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de apenas 10 dias.
Hoje, 44 agentes de combate a endemias atuam diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta Claudete.
Para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos – clique aqui e confira o calendário; em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins (folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada). “O que não pode é deixar de cuidar”, completa Claudete.