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MATO GROSSO

Mulheres superam dificuldades e buscam conhecimento em capacitação para empreendedorismo

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A artesã Marizete Pereira dos Santos é uma das mulheres participantes do projeto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) para capacitação e consultoria gratuita aos empreendedores que pretendem ou tenham o próprio negócio e que estejam atuando no mercado formal ou mesmo ainda na informalidade. 

De 06 a 10 de março foi aberta uma turma específica para os artesãos locais, reunindo 30 pessoas. Ao todo, o projeto visa atender 350 empreendedores das cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Chapada dos Guimarães, Nobres e Rosário Oeste em 10 turmas. A última será capacitada na próxima semana.

Mesmo com anos atuando como artesã, fazendo trabalhos em crochê, ela disse que tem aprendido e também “apanhado” muito com os ensinamentos do curso. 

“Sou do tempo de fazer curso de datilografia, então, para mim é difícil aprender e utilizar essas ferramentas de vendas online. Tenho dificuldade em usar a internet, mas preciso aprender a mexer com a mercado online para aumentar as vendas”. 

Até 2019, ela dividia o emprego formal com os trabalhos manuais. Contudo, desde então, as vendas dos trabalhos em crochê passaram a ser a principal fonte de renda. Por isso, se atualizar e receber consultoria gratuita é fundamental para aumentar as vendas.

Durante o projeto, os empreendedores desenvolvem habilidades e conhecem ferramentas de gestão que contribuam com a manutenção ou abertura de negócios organizados e estruturados. Com conhecimento, uma boa ideia e talento podem se tornar negócios de sucesso. 

“Esse projeto em parceria com a CDL, com as capacitações e consultorias gratuitas personalizadas, permite direcionamento para quem tem seu próprio negócio ou pretende abrir uma empresa. Isso gera mais oportunidades ao empreendedor, emprego e renda”, destacou o secretário da Sedec, César Miranda. 

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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