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MATO GROSSO

Mulher é denunciada por homicídios de familiares de amante do marido

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A Promotoria de Justiça de Terra Nova do Norte (a 675km de Cuiabá) denunciou, na quinta-feira (31), Bruna Tatiane Evangelista Felski pelos homicídios do pai e do irmão da amante do marido dela e por lesão corporal contra ela. Conforme o Ministério Público, por motivo fútil, a denunciada matou Genuir de Barros e Marcelo de Barros com disparos de arma de fogo, em outubro de 2022, na Comunidade Sede Velha, zona rural do município. Os pais dela, Rosilda Evangelista Felski e Valério Felski foram denunciados pelo crime de lesão corporal, e o marido João Rodrigues Custódio por porte ilegal de arma. 

De acordo com a denúncia, no dia do crime, Bruna e Rosilda foram à casa de Marciele de Barros contar aos pais dela sobre a traição praticada pela filha com o marido de Bruna.  Elas foram recebidas por Genuir, pai de Marciele, que chamou a esposa para a conversa, momento em que Bruna e Rosilda passaram a ofendê-los. Na sequência, João chegou ao local com o sogro Valério e tentou tirar Bruna dali. Quando estavam de saída, o irmão de Marciele, Marcelo, bateu no capô do carro em que estavam e pediu que fossem embora. 

Assim, Bruna se dirigiu ao carro do marido, pegou a arma dele e efetuou três disparos contra Marcelo. Genuir partiu em direção a ela visando retirar-lhe a arma, quando foi atingido por dois disparos. Após os disparos, o marido conseguiu desarmar a esposa. Marciele partiu em direção ao pai, momento em que passou a ser agredida fisicamente por Bruna, Rosilda e Valério. Por fim, Valério retirou a arma de João, pegou esposa e a filha e fugiu. Eles descartaram a pistola em um rio no caminho para Colíder. 

Foto: Divulgação.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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