O ex-presidente uruguaio José Mujica , diagnosticado em maio com câncer de esôfago, voltou ao hospital nesta quinta-feira (5), pela quarta vez em menos de duas semanas, informou sua médica em entrevista coletiva.
Segundo Raquel Pannone, Mujica , 89, teve que ser levado de sua fazenda, nos arredores de Montevidéu , para o hospital, novamente devido a problemas digestivos causados pela radioterapia com que foi tratado até junho. “Começamos a reidratá-lo por via intravenosa, o que tem um efeito quase imediato, e ele está melhor.”
“Está acordado e, agora, bem tranquilo. Lucía Topolansky [sua mulher] o está acompanhando”, informou a médica, acrescentando que ele deve ficar internado por alguns dias.
Raquel explicou que Mujica “estaria em uma etapa de remissão” do câncer. “Não há evidências clínicas de que esteja presente neste momento”, ressaltou, embora “a fibrose secundária à radioterapia” dificulte a sua alimentação.
A médio prazo, a médica prevê que Mujica continue o tratamento em casa e consiga “tolerar alimentos de maior densidade”. O ex-presidente, que concluiu as sessões de radioterapia no dia 16 de junho, foi atendido no hospital em 23 de agosto, com problemas digestivos. Três dias depois, foi internado por 24 horas.
Em 31 de agosto, Mujica foi levado novamente ao hospital, devido a um “episódio pontual de desconforto” ao se alimentar, informou Raquel. A médica reconheceu que a saúde do ex-presidente é “frágil”, mas ressaltou “a enorme motivação” que ele tinha para participar de um ato político em 27 de agosto, horas depois de receber alta, e a “sensação de bem-estar” que isso lhe deu. “Enquanto ele tiver vontade, vai fazer o que lhe der mais satisfação.”
O presidente Luis Lacalle Pou , líder da coalizão de centro-direita que assumiu o poder em 2020, após 15 anos de governos de esquerda, desejou uma pronta recuperação a Mujica, com quem disse ter conversado cinco dias atrás. “Esperamos que ele melhore”, desejou Lacalle Pou, que tem um bom relacionamento com o antecessor.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.