Além de realizar a coleta de sangue e a distribuição das bolsas para a rede pública de saúde, o MT Hemocentro, único banco de sangue público de Mato Grosso, também é responsável pelo tratamento e acompanhamento de pessoas com a doença falciforme e outras hemoglobinopatias.
Nesta quarta-feira (19.06), data em que é comemorado o Dia Internacional da Conscientização da Doença Falciforme, a gerente de Ambulatório e Transfusão, Mirna Medrado, destaca que o MT Hemocentro atende cerca de 400 pacientes com a doença e atua como referência estadual para o tratamento.
“O MT Hemocentro é referência no atendimento de pacientes com hemoglobinopatias em todo o Estado. Nós atendemos mais de 400 pacientes com a doença falciforme, que são avaliados por uma equipe multiprofissional com mais de 30 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e ortopedistas. Eles são acompanhados desde o diagnóstico e por toda a vida. Fazemos todo o acompanhamento necessário e os encaminhamentos para as outras especialidades”, detalha.
A diretora do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela, ressalta a importância do tratamento oferecido pela unidade, que conta com profissionais qualificados e dispõe de exames essenciais para os pacientes.
“As pessoas com doença falciforme devem procurar o MT Hemocentro, pois temos uma equipe multidisciplinar que conta com médico hematologista, ortopedista, cardiologista e clínico, e também com psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiro, farmacêutico, biomédico e técnicos em enfermagem, em laboratório e administrativos, que atende toda a demanda estadual e é reconhecida pelo Ministério da Saúde. Realizamos exames importantes como o eco-doppler, fundamental na prevenção de acidentes vasculares cerebrais, que podem levar a quadros bastante graves”, explica.
A diretora ainda esclarece que a gerência ambulatorial vem trabalhando para realizar a interiorização dos atendimentos.
“Existe também um trabalho da gerência ambulatorial do MT Hemocentro, para que mais pessoas tenham atendimento em outros locais do Estado. O nosso objetivo é que o paciente não tenha que se deslocar a todo momento para Cuiabá e tenha uma maior qualidade de vida em seu próprio município”, finaliza.
Já a médica do MT Hemocentro, Giane Guimarães, explica como são os atendimentos aos pacientes com a doença falciforme e destaca a importância do estoque de bolsas de sangue na unidade.
“O paciente tem as consultas agendadas no intervalo de tempo que varia. Quando ele é recebido, faz os exames para a renovação de medicação e também o hemograma. A partir dele, a gente vai conseguir saber o que faremos em relação à transfusão, que são com bolsas específicas, e as demais condutas. Temos pacientes que precisam de transfusão mensal, ou quinzenal, por isso a importância da doação de sangue, para que a gente possa manter nosso estoque seguro”, esclarece a médica.
O que é doença falciforme?
A doença falciforme é uma doença genética e hereditária que causa uma mutação no gene responsável pela produção da hemoglobina. Em pacientes com essa condição, os glóbulos vermelhos adquirem um formato anormal, que se assemelha ao de uma foice.
O diagnóstico é feito principalmente por meio do Teste do Pezinho, exame realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê. O exame de eletroforese de hemoglobina é realizado em jovens e adultos para a detecção da doença.
Os sintomas incluem crises de dor, icterícia, anemia, infecções, acidente vascular encefálico, síndrome torácica aguda, crise aplásica, ulcerações, complicações renais, oculares, entre outras.
Fonte: Governo MT – MT