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MATO GROSSO

MT Gás inicia venda de gás natural para outros Estados

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A Companhia Matogrossense de Gás (MT Gás) iniciou a venda do volume excedente de gás natural importado da Bolívia para outros Estados do país. As primeiras vendas foram para a empresa Edge, de São Paulo, que já comprou 7,4 milhões de metros cúbicos, entre os meses de março e abril.

De acordo com o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues, a negociação marca a entrada da estatal mato-grossense no mercado de gás natural brasileiro.

“Nossa prioridade é atender o mercado veicular e industrial de Mato Grosso, mas como somos a única companhia estadual com contrato firme de importação do gás boliviano, podemos vender o volume excedente para outros Estados”, explicou Aécio.

Para o CEO da Edge, Demétrio Magalhães, o contrato com a MT Gás reforça o portifólio de soluções da empresa e o compromisso com o desenvolvimento do mercado livre de gás no Brasil.

“A Edge chegou para garantir a originação e o fornecimento com flexibilidade, segurança, sustentabilidade e eficiência. Queremos oferecer liberdade de escolha para os consumidores dentro e fora do grid, com confiabilidade de suprimento e fomentando a transição energética do país de forma pioneira”, disse Magalhães.

Gasoduto no Distrito Industrial

O Governo de Mato Grosso está investindo R$ 38 milhões na construção do gasoduto do Distrito Industrial, em Cuiabá, que terá 38 quilômetros de extensão, interligando 118 empresas. A obra está 99% concluída e deve ser entregue nas próximas semanas. A previsão é de que as operações iniciem no segundo semestre deste ano.

O gasoduto vai permitir a redução dos custos com energia das empresas no Distrito Industrial, além de reduzir as emissões de CO2 e outros poluentes.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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