O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emitiu uma nota pública nesta segunda-feira (26), em que repudia as acusações de que seria responsável pelas recentes queimadas na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
De acordo com o MST, as alegações, que circulam em redes sociais e em alguns veículos de comunicação, são infundadas e têm como objetivo criminalizar o movimento e desviar a atenção das reais causas dos incêndios.
Conforme a nota do movimento, as queimadas que atingiram áreas de produção canavieira são resultado de um modelo de agronegócio insustentável, que tem dominado o campo brasileiro.
“Esses incêndios são sintomas de um sistema que se baseia na concentração fundiária, no uso indiscriminado de agrotóxicos e na exploração excessiva dos recursos naturais e da mão de obra”, afirma a nota publicada na página oficial do movimento.
O MST também critica o favorecimento do agronegócio por políticas públicas, muitas vezes em detrimento da agricultura familiar e da produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, que são essenciais para a segurança alimentar do país.
“As queimadas e outros crimes ambientais cometidos pelo agronegócio afetam diretamente as comunidades rurais e a classe trabalhadora”, pontua a nota.
Ainda segundo o movimento, os incêndios na região de Ribeirão Preto são mais uma prova do fracasso do modelo capitalista de produção predominante no campo. No texto, o MST reforçou o compromisso com um projeto de Reforma Agrária Popular , que propõe a destinação de latifúndios improdutivos e áreas envolvidas em crimes ambientais para trabalhadores rurais, com foco na agroecologia e na sustentabilidade.
O movimento também cobra uma investigação rigorosa das autoridades sobre as causas reais das queimadas e espera que os responsáveis sejam punidos conforme a lei.
“Esperamos que as Áreas de Proteção Permanente (APPs) queimadas sejam restauradas pelos responsáveis, e que o agronegócio não use este triste episódio para expandir ainda mais sobre a natureza”, conclui a nota.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.