O doutor Dimie Ogoina foi escolhido pela revista Time como uma das 100 personalidades mais influentes do ano em 2023. Isso porque em 2017, o médico atendeu o paciente zero da mpox , também conhecida como varíola dos macacos, e alertou a comunidade sobre o vírus .
O caso aconteceu na Nigéria, em 22 de setembro de 2017. Um menino de 11 anos chegou à clínica de Ogoina com febre, mal-estar e grandes bolhas e feridas por todo o corpo, inclusive no rosto e dentro da boca e do nariz.
Inicialmente, foi pensado que poderia ser um caso grave de catapora, no entanto, o garoto já havia tido a doença, portanto, o diagnóstico estava descartado.
Foi então que Ogoina percebeu que aquilo poderia ser a mpox, na época muito pouco falada e na Nigéria, não havia um laboratório que poderia confirmar o diagnóstico.
Desconfiado da varíola dos macacos, o médico enviou amostras do paciente para o Senegal e, depois, para os Estados Unidos. Depois de um tempo, os resultados confirmaram que o garoto tinha mesmo mpox.
Ogoina considerou o caso notável, pois era o primeiro registro de mpox em humanos na Nigéria em 38 anos. Nos meses seguintes, a clínica do médico na Universidade do Delta do Níger identificou mais 20 casos da doença.
Naquele dia, Ogoina atendeu o paciente zero da doença que resultaria em um decreto da OMS de emergência de saúde pública de preocupação internacional em agosto de 2024.
Antes de o diretor-geral da OMS emitir o alerta internacional, o doutor Ogoina foi consultado pela organização devido ao seu trabalho inovador com pacientes de mpox na Nigéria, que lhe conferiu notoriedade internacional no ano anterior.
O reconhecimento de Ogoina não se deu apenas pelo fato de ele ter sido o primeiro médico a identificar o ressurgimento de mpox. O especialista também fez a importante descoberta de que o vírus responsável pela doença havia sofrido mutações e desenvolvido novas formas de transmissão entre os seres humanos.
Mpox
O vírus da mpox já está presente em 13 países, e o recente aumento de casos tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde. Desde o início de 2024, foram registrados mais de 14 mil casos e 500 mortes devido à doença, o que representa um aumento de 160% em comparação com o ano anterior. A OMS revisou o status da doença após uma reunião de emergência, considerando a nova onda de casos que supera os números de 2023.
A OMS define uma emergência global como um “evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e potencialmente exige uma resposta internacional coordenada”. A recomendação é que as autoridades de saúde aumentem o monitoramento e se preparem para implementar medidas de contenção, semelhantes às usadas durante a pandemia de COVID-19, como o fechamento de fronteiras.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.