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MATO GROSSO

MPMT expõe projetos em congresso nacional de tecnologia e inovação

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O Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) do Ministério Público de Mato Grosso foi um dos expositores durante a 8ª edição do ExpoJud – Congresso de Tecnologia, Inovação e Direito para o Ecossistema de Justiça, realizado em Brasília (DF) de 15 a 17 de outubro. O assessor de TI sênior Daniel Ribeiro Soares apresentou dois projetos que compõem o portfólio de inovações da instituição baseadas em inteligência artificial, na tarde desta quarta-feira (16).

De acordo com o chefe do DTI, Édipo Avelino dos Santos Palha, a exposição teve como tema “Inteligência Artificial no MPMT: Revolucionando a Justiça com Eficiência e Precisão”. “O MPMT apresentou o Assistente Virtual, que consiste em uma ferramenta que analisa a base de dados de processos, identifica padrões e sugere minutas de denúncias, otimizando o trabalho, aumentando a precisão e a consistência das peças produzidas, e garantindo maior eficiência e qualidade na atuação institucional”, contou.

“A outra inovação apresentada foi o Escriba, que realiza a transcrição automática de áudios e vídeos. Essa ferramenta é especialmente útil para a transcrição de depoimentos, audiências e outras gravações relevantes, permitindo que os promotores e procuradores tenham acesso rápido e preciso ao conteúdo transcrito”, acrescentou Édipo Palha. Segundo o gestor, a ferramenta utiliza técnicas de processamento de linguagem natural para garantir a precisão das transcrições, reduzindo significativamente o tempo gasto em tarefas manuais e aumentando a produtividade.

O ExpoJud é um evento exclusivo para especialistas e autoridades do setor jurídico, voltado para a revolução tecnológica no ecossistema de justiça e sua aplicação em benefício da sociedade, criando um espaço de reflexão sobre os desafios e o futuro do setor em meio ao rápido avanço das inovações digitais. A programação do congresso inclui exposições de instituições e empresas, experiências imersivas, treinamentos técnicos, keynotes e palestras multipalco, cases de inovação na Justiça e trilhas de conteúdo.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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