O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação contra o vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), pedindo que ele pague indenização de, no mínimo, R$ 250 mil por danos morais coletivos pelas ofensas feitas contra trabalhadores nordestinos encontrados em condições análogas à escravidão no Rio Grande do Sul.
Na ação, o MPF pede que o valor seja destinado a projetos e campanhas contra o trabalho escravo e a xenofobia, ou a iniciativas em Caxias do Sul que promovam a cultura baiana.
Relembre o caso
Na última terça-feira (28), Fantinel disse, em discurso na tribuna na Câmara de Vereadores, disse que os baianos “vivem na praia, tocando tambor” e sugeriu que agricultores e empresas agrícolas contratem trabalhadores argentinos, ao invés de “aquela gente lá de cima”, em referência aos nordestinos.
As declarações foram dadas a respeito do resgate de 207 trabalhadores de uma colheita de uva, no último dia 22, em um alojamento em Bento Gonçalves (RS). Eles foram encontrados em condições precárias de trabalho e análogas à escravidão.
A Câmara Municipal de Caxias do Sul aprovou, por unanimidade, a abertura do processo de cassação do vereador , que está sem partido após ser expulso do Patriota devido as declarações. Já a Polícia Civil da cidade instaurou inquérito para apurar crime de racismo nas falas do parlamentar.
Lamentável o vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul. Diz que criará grupo para vinícolas acusadas de trabalho escravo contratarem argentinos e não ‘baianos’ que só sabem “viver na praia tocando tambor”. Claro, só podia ser bolsonarista. pic.twitter.com/ipE8OU7UDS
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.