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MATO GROSSO

MP participa de evento sobre violência psicológica contra mulher na ALMT

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Representantes do Ministério Público do Estado de Mato Grosso participaram nesta terça-feira (10) de evento promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para falar sobre violência psicológica contra mulher, o chamado “Gaslighting”.

O MPMT apresentou um conjunto de ações que, na visão ministerial, são necessárias quando a mulher informa ter sido vítima de violência. “Estamos falando de um tipo de violência invisível, que muitas vezes passa distante dos nossos olhos. Enfrentar esse tipo de violência é desafiador, mas necessário. Nesse sentido, o Ministério Público de Mato Grosso criou o “Espaço Caliandra”, que presta serviço especializado de atenção às mulheres cisgênero e transgênero em situação de violência”, explicou a coordenadora-adjunta do Centro de Apoio Operacional (CAO) sobre Estudos de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Gênero Feminino, promotora de Justiça Gileade Pereira Souza Maia.

Ela citou ainda o “Protocolo Caliandra”, o qual estabelece um fluxo de atendimento às mulheres em situação de violência, de modo a desenvolver ações coordenadas para evitar a vitimização secundária, facilitar o acesso à informação e viabilizar providências e encaminhamentos à rede de serviços de políticas públicas. O protocolo é resultado de um projeto institucional no MPMT.

O coordenador do CAO sobre Estudos de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Gênero Feminino, promotor de Justiça Tiago de Sousa Afonso da Silva, apresentou a cartilha digital: A Violência Doméstica Silenciosa Praticada Pelo Narcisista Perverso”, de autoria da seminarista Kelly Arfux, com a participação do CAO.

“Estamos muito felizes de estarmos aqui hoje lançando essa cartilha que foi feita em parceria com a Kelly Arfux. Foram muitos passos para chegarmos até aqui. Hoje temos um espaço físico adequado para atender as vítimas, principalmente de Cuiabá e Várzea Grande. Nós queremos, porém, que esse atendimento ultrapasse as fronteiras de Cuiabá e do Estado. Pensando nisso, criamos o site Observatório Caliandra,  com informações importantes, estatísticas e um espaço onde as vítimas podem contar sua história, preservando sua identidade. Compartilhem essa cartilha, ajudem a divulgar o conteúdo, isso é muito importante. Lembrem-se sempre: Mulheres, vocês não estão sozinhas. Contem conosco”, destacou.

A programação contou também com as palestras “Relatos de violência psicológica”, realizada pela a defensora pública Rosana Leite, “A caixa de ferramentas dos narcisistas e abusadores emocionais”, ministrada pela seminarista Kelly Arfux; “Violência psicológica é crime!”, com a delegada de Cuiabá Judá Maali.

GASLIGHTING – Gaslighting é uma forma de abuso psicológico que consiste em manipular alguém para que duvide da sua própria realidade, memória, percepção e sanidade. O termo surgiu a partir do filme norte-americano Gaslight (1944), que conta a história de um homem que tenta fazer a sua esposa acreditar que está perdendo a sanidade.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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