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Movimentos sociais e partidos se unem em solidariedade aos palestinos 

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Movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos se uniram em ato em solidariedade ao povo palestino nesta sexta-feira (17), em frente ao Consulado de Israel, zona sul da capital paulista. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) contabiliza 11 mil mortos no conflito entre o grupo palestino Hamas e Israel, a grande maioria da Faixa de Gaza, com base em dados do Ministério da Saúde de Gaza. “No genocídio em curso em Gaza, pessoas morrendo de fome e sede vão ser o próximo corpo estilhaçado por uma bomba jogada”, disse a coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh. 

O ato, que é o sexto sobre o tema na cidade, reuniu cerca de 120 pessoas, a partir de 11h, e foi acompanhando por 12 viaturas e 14 motos da Polícia Militar no local, além de algumas outras viaturas nos arredores. Bandeiras palestinas e cartazes pedindo “cessar fogo imediato”, “fim do bloqueio a Gaza”, “Palestina livre” e “solidariedade ao povo palestino” foram levantados no local.. 

Entre as entidades que estavam presentes e apoiaram a manifestação, estavam o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Central única dos Trabalhadores (CUT), Movimentos do Trabalhadores Sem Terra, CSP Conlutas, Sindicato dos Metroviários de SP, Partido da Causa Operária (PCO) e Partido dos Trabalhadores (PT). 

“O 1,5 milhão dos 2,4 milhões de palestinos já tiveram que se tornar refugiados mais uma vez, tendo que sair do norte para o sul. Enquanto isso, uma limpeza étnica avançada em toda a Palestina, uma repressão, uma criminalização e uma censura muito forte contra todo o povo palestino”, lamentou Misleh. 

Ela ressalta que são “13 milhões de palestinos no mundo, 6 milhões em campos de refugiados impedidos do legítimo direito de retornar, milhares na diáspora, outra metade submetida a mais de 75 anos na contínua Nakba, a catástrofe palestina [palavra árabe que se refere ao êxodo de palestinos de áreas que se tornariam Israel]”. 

“Agora nós vemos uma nova fase da Nakba, com Israel querendo partir para sua solução final. Mas nós estamos aqui para dizer não, não vamos permitir, vamos continuar a lutar contra isso, para parar o genocídio e para por fim a esse regime brutal de apartheid, colonização, limpeza étnica e genocídio”, disse Misleh. Ela defende ainda a ruptura, pelo governo brasileiro, de relações econômicas, militares e diplomáticas com Israel. 

Vozes judaicas

Yuri Haasz, integrante do Coletivo Vozes Judaicas por Libertação, que estava no ato, destacou que Israel não representa a coletividade judaica e que há diversidade de perspectivas sobre o que acontece na região atualmente. “Inclusive nessa violência mais recente, nesse genocídio, nesse massacre genocida que está acontecendo em Gaza agora, ao qual nós nos opomos”, disse. 

Segundo ele, é importante reconhecer quão duro foi o ataque do Hamas em 7 de outubro, que atingiu familiares e amigos da comunidade judaica no Brasil.

“Nós fomos impactados pessoalmente e reconhecemos que foi uma atrocidade e, ao mesmo tempo, a gente reconhece que essa atrocidade, essa violência, ela não emerge do nada. Ela emerge dentro de um contexto de opressão contínua que acontece já há 75 anos contra o povo palestino, quando Israel foi fundado”, contextualiza. 

Diversos discursos no ato apontaram que a fundação de Israel foi feita a partir de uma limpeza étnica na região, com uma expulsão em massa dos palestinos das suas terras. Haasz avalia que este é um crime que nunca teve restauração. “Nunca houve justiça em relação a isso, e essa é a origem dessa violência ao longo dos anos. E Israel acabou se formando como um estado de apartheid, dominando duas populações com dois sistemas de lei diferentes”, disse. 

De acordo com Haasz, os judeus têm proteções, democracia, direitos civis, e os palestinos são regidos pelo que chamou de governo militar, não tendo os mesmos direitos, sendo “continuamente oprimidos, cerceados, mortos, despejados das suas casas e das suas terras”. 

Ele acrescenta que a crítica ao estado de Israel não é a mesma coisa que antissemitismo. “Eu sou neto de sobreviventes do holocausto nazista, a maior parte da minha família foi assassinada durante o holocausto, eu reconheço que o antissemitismo é um problema verdadeiro e real e que precisa ser combatido, da mesma forma que islamofobia, que racismo”, disse. 

Haasz explica que criticar as políticas do estado de Israel, sua estrutura, a opressão que Israel exerce sobre os palestinos, a violação de direitos humanos, do direito internacional, não constitui antissemitismo. “Não está discriminando judeus apenas por serem judeus e desumanizando judeus apenas por serem judeus. Está criticando uma política concreta de estado”, finalizou.

Fonte: EBC GERAL

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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