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BRASIL

Movimento social denuncia ação violenta da PM na Cracolândia

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A Craco Resiste, movimento social contra a violência policial na Cracolândia, denunciou que a Polícia Militar jogou bombas e encurralou as pessoas em uma ação na região do centro da cidade de São Paulo, na noite desta quarta-feira (19). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os agentes realizavam o patrulhamento na região, quando detiveram uma pessoa envolvida em tráfico de drogas e houve tumulto.

Segundo nota da SSP, “houve um tumulto provocado pelos dependentes químicos que resultou em atos de depredação pela região. Equipes do 7º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) realizaram a intervenção com uso de munição de menor potencial ofensivo para dispersar os indivíduos e apagou um pequeno foco de incêndio, entre a Avenida Duque de Caxias e Rua Santa Ifigênia”.

A pasta informou que não houve registros de feridos e que a via foi liberada rapidamente. A ocorrência foi encaminhada ao 3º Delegacia de Polícia para providências.

Segundo nota da Craco Resiste, relatos das pessoas que “estavam no fluxo” no momento da ação, informam que a Polícia Militar chegou jogando bombas e encurralando as pessoas nas ruas do centro.

“Importante lembrar que a ação acontece poucos dias após a prefeitura e o governo estadual terem mobilizado as chamadas forças de segurança pública para deslocar de forma truculenta uma multidão de pessoas em uma procissão macabra, guiada por bombas e cacetadas, pelas ruas da região central da cidade de São Paulo”, diz a nota.

Segundo a Craco Resiste, na ação desta quarta-feira, as pessoas foram perseguidas por tiros e bombas pelo centro da cidade, o que levou terror e insegurança para toda a população. “O fluxo é movimentado pelos interesses econômicos, para abertura da fronteira imobiliária na região central e para alimentar a indústria das internações, transferindo grandes somas de dinheiro público para as mãos de organizações próximas aos grupos políticos no poder.”

A organização defende alternativas de cuidados em liberdade, sem obrigação de abstinência, que tragam, além do acesso à saúde de forma ampla, oferta de moradia e renda. Além disso, ressalta que o consumo abusivo de drogas é causado por uma série de fatores, como quebra de vínculos familiares e afetivos, miséria extrema e comprometimento da saúde física e mental.

“Ignorar esses pontos, focando apenas na interrupção do uso de substâncias tende a não estabelecer processos de cuidado efetivos para as pessoas. Isso pode ser facilmente observado pelo altíssimo percentual de fracasso das internações, a maior parte das pessoas que está na Cracolândia neste momento passou por muitas delas”, diz a nota.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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