Após passar pelo Festival de Cannes , onde concorreu na mostra principal, o filme Motel Destino , de Karim Aïnouz, chegou na quinta-feira (22) aos cinemas brasileiros.
O longa narra a história de dois irmãos que se envolvem em uma trama de assassinato. Eles conhecem uma mulher que os convence a cobrar uma dívida de um tal Francês. Mas um deles, Heraldo (Iago Xavier), vai para a balada e termina no motel com uma mulher que o chama de “Amor!”, mas logo em seguida lhe aplica um golpe.
Quando ele consegue sair da situação, descobre que o irmão, que foi realizar a cobrança sozinho, morreu. Caçado por seu bando, Iago refugia-se no motel. Envolve-se então com Dayana (Nataly Rocha), uma mulher casada.
O sexo permeia toda a narrativa. “Preocupa-me muito ver o avanço de uma pauta conservadora. Sexo é prazer, é necessidade vital. A juventude está sendo asfixiada no seu desejo”, disse Aïnouz ao Estadão em Cannes.
“Queria mostrar o jovem prisioneiro no motel, com seu tesão estourando. Mas isso é só meio filme. Por meio do Fábio Assunção (que interpreta o personagem Elias), queria fazer a autópsia do macho brasileiro. Quem são essas pessoas? O que pensam, por que agem assim? Como o sexo vira instrumento de poder e dominação.”
Elenco
Fábio Assunção é o nome mais conhecido do elenco, que tem ainda o estreante Iago Xavier. E entre os dois está a atriz Nataly Rocha.
“Todos os personagens são instáveis nesse filme, e ela mais ainda. Creio que os três têm raízes profundas nos filmes que fiz antes. O garoto, em Praia do Futuro. O Fábio tem muito a ver com o rei de Firebrand, meu filme invernal, em língua inglesa. E a Nataly é a mulher de todos os meus filmes, tentando afirmar seu espaço no mundo dos homens”, afirmou o diretor.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.