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Política Nacional

Moro critica possível indicação de Zanin ao STF: ‘Impessoalidade?’

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Moro quer barrar possível indicação de Cristiano Zanin no STF
Marcello Casal JrAgência Brasil – 24/04/2020

Moro quer barrar possível indicação de Cristiano Zanin no STF

O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou a possível indicação do advogado Cristiano Zanin para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Moro, ao indicar o advogado e amigo, Lula (PT) não estará considerando a impessoalidade e a independência das Instituições.

Em uma publicação nas redes sociais, o parlamentar aproveitou para atacar ações do governo petista, como uma possível indicação da esposa de Rui Costa, ministro da Casa Civil, para o Tribunal de Contas da Bahia.

“Um bom resumo do Governo Lula até aqui: ataque à lei das estatais para loteamento político, esposas de ministros nos Tribunais de Contas e o desejo de ter o advogado e amigo pessoal no STF. Onde está a impessoalidade? Como fica a independência das instituições? Estaremos de olho”, afirmou.  

Moro e Zanin ficaram frente a frente durante a tramitação de processos contra Lula na operação Lava Jato. O então juiz foi responsável pelo depoimento do petista e teve embates com Zanin, que representou Lula.

O nome de Cristiano Zanin passou a circular nos corredores do Palácio do Planalto com a chegada da aposentadoria de Ricardo Lewandowski, marcada para abril. O advogado é um dos principais aliados do petista e ainda serve como defensor pessoal do presidente em processos judiciais.

Impessoalidade anulou processos de Moro

Os embates de Lula e Zanin contra Moro foram parar no Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu pela anulação dos processos da Lava Jato que estavam na 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão foi tomada em 2019, ano em que Sérgio Moro deixou o Judiciário para se tornar ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na época, o STF entendeu que Moro foi parcial em suas decisões e citou a necessidade de impessoalidade em decisões judiciais.

Lula pode quebrar promessa

Durante a campanha eleitoral, Lula exaltou a decisão de não nomear amigos para a Suprema Corte, STJ e Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele ainda prometeu que manteria o critério de escolha caso fosse eleito.

Entretanto, a indicação de Zanin poderá quebrar essa promessa. Nos bastidores, Lula afirmou que gostaria de ter aliados no Judiciário e citou as decisões do STF que o prejudicaram durante a Lava Jato.

Além da possibilidade de ter Zanin no STF, Lula ainda estuda colocar um aliado na PGR. O petista não descarta ignorar a Lista Tríplice se for necessário. Um dos favoritos na disputa é Nicolao Dino, irmão do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Fonte: IG Política

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1 Comment

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  1. ustvarjanje racuna na binance

    janeiro 19, 2024 at 7:30 pm

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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