A entrega do estudo sobre as áreas úmidas das regiões do Araguaia e Guaporé marca um importante avanço para a gestão ambiental de Mato Grosso, graças à articulação do deputado estadual Valmir Moretto. Juntamente com o deputado Dr. Eugênio, ele viabilizou, por meio da mesa diretora da Assembleia Legislativa, os recursos necessários para a contratação da Fundação Uniselva, que coordenou o levantamento técnico com o apoio de pesquisadores da UFMT e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
O estudo tem como objetivo mapear e identificar as características das áreas úmidas dessas regiões, fundamentais para o equilíbrio ambiental do estado. Com os dados coletados, será possível estabelecer um regramento claro para o uso sustentável desses espaços, permitindo um desenvolvimento que respeite as necessidades ecológicas e o crescimento econômico da região.
Para o deputado Moretto, essa parceria é fundamental para o futuro do estado. “Esse estudo é uma conquista para toda a população de Mato Grosso. Ele nos permitirá fazer uma gestão responsável das nossas áreas úmidas, garantindo a preservação ambiental e a utilização sustentável desses recursos naturais”, afirmou o deputado.
Além disso, o deputado Dr. Eugênio também destacou a relevância da iniciativa, que assegura um planejamento mais eficiente para o uso das áreas úmidas, levando em consideração as necessidades de conservação e desenvolvimento sustentável.
Com a entrega do estudo, o estado de Mato Grosso se prepara para regulamentar o uso de áreas cruciais para o equilíbrio ecológico, que abrigam grande biodiversidade e desempenham papel importante na manutenção dos recursos hídricos. Com isso, a expectativa é que a região possa contar com políticas públicas mais eficazes, capazes de promover a preservação ambiental enquanto estimula o crescimento econômico sustentável. Trazendo ainda segurança jurídica aos produtores rurais dessas regiões.
Estudantes da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde desenvolveram um tijolo feito à base de resíduos de algodão, que pode reduzir a temperatura dos ambientes e valor das obras, além de ajudar o meio ambiente. O projeto foi elaborado no curso Técnico em Têxtil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Chamado de “EcoTijolo”, o projeto teve início com a coleta dos resíduos sólidos gerados no beneficiamento do algodão, uma das principais culturas agrícolas de Campo Verde. Foram usados caroços, fibras residuais e partículas, que foram então secados ao sol para remoção de umidade e triturados.
De acordo com os alunos, o uso dos resíduos (fibrilha) reduz o custo de produção, o que deixa o produto mais atrativo economicamente. Posteriormente, o material foi misturado com proporções específicas de areia e cimento, passando depois por testes laboratoriais que comprovaram uma resistência similar a dos tijolos convencionais.
Participaram do trabalho os estudantes: Evandro Carlos Almeida de Aguiar, João Gabriel de Oliveira Mello, João Kelwin Nunes Pereira, Karllos Henrik de Azevedo Alves e Victor Gabriel dos Santos.
A orientadora do projeto, Manoela Lara Dias, afirma que esse é mais do que um exemplo de inovação tecnológica. Segundo ela, é uma solução prática que une o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro mais sustentável e inclusivo.
“Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, enquanto transforma os resíduos em possibilidades”, avalia a professora.
Manoela também destacou o potencial do projeto em fortalecer laços entre a Escola Técnica e a comunidade.
“A utilização de EcoTijolos em obras locais, como escolas, centros comunitários e residências, reforça o impacto social do projeto. Os alunos envolvidos ganharam novas habilidades práticas e uma visão empreendedora, formando uma geração de profissionais comprometidos com soluções criativas e sustentáveis para os desafios atuais”.
Os resultados da fabricação do Ecotijolo com resíduos de algodão demonstraram alta viabilidade técnica e ambiental. Isso porque, além de reduzir o desperdício gerado pela cultura do algodão, contribui para a preservação ambiental ao minimizar a extração de recursos naturais e a emissão de carbono. Também alia economia circular e eficiência energética, promovendo construções mais ecológicas e acessíveis. Chama atenção ainda o fato desse tipo de material deixar as construções mais frescas.
O estudante Evandro Carlos ressalta que o apoio da escola foi importante para o desenvolvimento do projeto, principalmente por parte da professora orientadora. Cita ainda que o desenvolvimento do trabalho contribui com o processo de aprendizagem.
A Seciteci conta atualmente com 15 escolas técnicas. Em 2025, serão 17 unidades ofertando cursos vocacionados para demandas de cada região de Mato Grosso, como Agronegócio, Agricultura, Enfermagem, Meio Ambiente, Saúde Bucal, entre outros.