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Política Nacional

Moraes manda PF investigar Fernando Holiday por atos golpistas

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Fernando Holiday
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Fernando Holiday


A Polícia Federal terá que investigar o comportamento do vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo) em relação aos atos antidemocráticos. A ordem foi dada nesta quinta-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal .

A bancada feminista da Câmara Municipal de São Paulo entrou com uma ação na Corte e argumentou que Holiday incentivou atos golpistas após o fim das eleições do ano passado. Elas apontaram que há textos em redes sociais que comprovam o comportamento do parlamentar, que podem ser caracterizados como delitos de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de incitação ao crime.

A Procuradoria-Geral da República se manifestou e afirmou que a solicitação de investigação precisava passar para a primeira instância, pois o vereador não possui foro no Supremo Tribunal Federal.

Só que Alexandre de Moraes teve outro entendimento. Na avaliação do ministro, enviar a ação para a Justiça de SP é “prematuro”, porque há indícios de ligação com outros casos apurados no Supremo.

“As condutas narradas, considerado o contexto geral dos atos ocorridos a partir da proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022, com bloqueio de rodovias, bem como aqueles ocorridos no dia 8/1/2023 em Brasília/DF, com depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, em tese se relacionam com diversas investigações em andamento nesta Suprema Corte, de modo que o declínio de competência nesse momento seria absolutamente prematuro”, argumentou o magistrado.

Fernando Holiday e sua trajetória

O vereador ganhou popularidade nacional em 2015, quando participou dos atos contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Ele ingressou no MBL (Movimento Brasil Livre) e defendeu o impeachment da petista, o que se concretizou em 2016.

No mesmo ano, ele foi eleito vereador de São Paulo defendendo pautas liberais na área econômica e conservadoras nos costumes. Foi Holiday o principal defensor da escola sem partido e o fim das cotas raciais na Câmara Municipal paulistana.

Em 2018, defendeu a candidatura de João Doria para o governo de São Paulo, contra Márcio França (PSB), e fez campanha ainda no fim do primeiro turno para o ex-presidente Jair Bolsonaro. À época, alegou que a direita precisava derrotar o então candidato do PT, Fernando Haddad.

Em 2019, tornou-se oposição ao governo Bolsonaro, fazendo duras críticas ao capitão da reserva. No ano seguinte, se reelegeu ao cargo de vereador após apoiar a candidatura de Arthur do Val, o Mamãe Falei, mas deixou o MBL na sequência por discordar dos caminhos que o grupo resolveu tomar.

Independente, transferiu-se para o Partido Novo e tentou ser deputado federal no ano passado. Não foi eleito e se transformou em bolsonarista, fazendo críticas ao MBL.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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