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Moradores de Barra do Sahy deixam casas em áreas de risco

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Moradores da Barra do Sahy, um dos bairros de São Sebastião mais afetado pelos temporais no litoral norte paulista, começaram a deixar as suas casas. Uma decisão da Justiça, atendendo a pedido do governo do estado e da prefeitura, autorizou a remoção de todas as pessoas que vivem em áreas de risco no município.

A Barra do Sahy é uma das áreas que ficou isolada devido aos danos causados pelos deslizamentos e enxurradas na Rodovia Rio-Santos, que foi parcialmente desbloqueada ontem. No entanto, no trecho próximo a Juquehy ainda não é possível transitar e em diversos pontos a pista foi erodida e só tem passagem em um dos sentidos, provocando engarrafamentos.

“A gente não esperava”

Na manhã de hoje (22), a empregada doméstica Maria Eliana Araújo era uma das que estava deixando a Barra do Sahy. Ela conta que sua casa não foi diretamente afetada pelos deslizamentos. No entanto, o local foi classificado como área de risco. “Nós não temos previsão se vamos poder voltar. A gente está sem casa. Não caiu, mas estamos sem moradia”, disse.

Atualmente, ela está na casa de parentes em uma comunidade próxima. Os deslizamentos e a enxurrada mataram 48 pessoas na região. “A gente não esperava. E sem saber o que vai acontecer, para onde a gente vai. A gente está perdido”, afirmou, ao caminhar pelas ruas cobertas de lama.

Escavadeiras e caminhões retiravam a grossa camada de lama e entulho acumulado pelas ruas do bairro. As famílias e comerciantes tentavam tirar a sujeira de dentro das casas e estabelecimentos. Ainda era possível encontrar carros e motos parcialmente enterrados no barro. Nas partes mais altas do morro, escavadeiras, voluntários e bombeiros escavavam o terreno em busca das vítimas do deslizamento.

Resgate

O capitão Mistuo, do Corpo de Bombeiros, tentava organizar os voluntários que ajudam nos trabalhos de busca de aproximadamente 40 desaparecidos.

Segundo ele, o uso das máquinas deve se intensificar a partir de agora. “A gente está fazendo o esquadrinhamento. Vamos fazer o manejo de terra e começar com as máquinas para ganhar velocidade”, explica.

Desde a madrugada de domingo (19), os bombeiros buscam por vítimas soterradas. “A gente do Corpo de Bombeiros sempre busca vida. Por mais improvável que seja, a gente não perde a esperança”.

Ao conversar com os voluntários, Mitsuo reconheceu que os primeiros esforços de resgate são mérito dos moradores da região. Pessoas como Wagner de Oliveira, que hoje não estava participando dos trabalhos, mas que, logo após o deslizamento, conseguiu resgatar vizinhos e amigos.

“Quando a gente começou a socorrer não tinha bombeiros, não tinha ninguém. O verdadeiro socorro foi feito pela comunidade. O próprio pessoal da comunidade estava transferindo os corpos para [sede da ONG] Verde Escola”, conta o rapaz, que hoje está trabalhando no mercadinho da família próximo à área onde era feito o resgate.

“Resgatei três pessoas feridas e quatro óbitos. Quando chegou no quarto óbito, eu não tive mais coragem de seguir em frente. Tomei uma ducha e fiquei guardado [resguardado]”, relata, emocionado.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: EBC Geral

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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