Moradores palestinos da Faixa de Gaza relataram ter recebido ameaças de evacuação por telefone por parte das forças armadas de Israel, apesar da ausência de rotas seguras de fuga. Segundo informações da Al Jazeera, os telefonemas alertavam que os “bombardeios irão continuar” na região.
Nesta segunda-feira (30), tanques de guerra israelenses avançaram na periferia de Gaza, marcando uma nova fase do conflito. “Bombardeamos mais de 600 alvos nas últimas 24 horas”, disse um porta-voz militar de Israel. O grupo terrorista Hamas, por sua vez, relatou “combates pesados” ao norte de Gaza.
Os tanques de Israel entraram na região de Zaytun, na periferia sul de Gaza, interrompendo uma estrada estratégica que conecta o norte e o sul do território palestino já devastado pela guerra. Moradores locais, que preferiram não se identificar, alegaram que os soldados estão “atirando contra qualquer veículo” que se aproxime.
Israel alertou aos 1,1 milhão de habitantes do norte de Gaza a se dirigirem para o sul, com o objetivo de evitar que civis impedissem os ataques militares, enquanto perseguem a missão de “destruir” o Hamas. Muitos moradores, no entanto, enfrentam desafios significativos para fazer esse deslocamento, incluindo a escassez de combustível, problemas de saúde e obstáculos logísticos.
Até a semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) estimava que cerca de 200 mil pessoas permaneciam na área. O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que eram “preocupantes” os apelos para se esvaziar o hospital Al-Quds. “Reiteramos: é impossível evacuar hospitais cheios de pacientes sem pôr em perigo as suas vidas”, escreveu Adhanom no X (ex-Twitter).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.