Há cinco anos, diversos relatórios de institutos de pesquisa indicavam que aproximadamente 2 mil moradias estavam construídas em áreas de risco na cidade de São Sebastião , uma das mais atingidas pelos temporais nos últimos dias.
Alguns dos locais atingidos devastados pelas chuvas já haviam sido mapeados por relatórios há alguns anos: do Guarujá , em 2007; o de Bertioga , de 2014, e o de São Sebastião , de 2018.
No mais recente, o mapeamento apontava para 21 áreas de riscos em São Sebastião e cerca 2.152 moradias em perigo. O bairro Juquehy foi dividido em sete setores – dois com risco alto, com duas moradias.
O relatório recomendava a remoção dos moradores dos locais pela Prefeitura e pedia uma forte fiscalização para que os locais não fossem mais ocupados.
Já na região da Barra do Sahy, o mapeamento dizia que as condições naturais e o nível de intervenção humana são de média potencialidade para desenvolvimento de processos de instabilização, como escorregamentos; e sugere à Prefeitura o monitoramento constante da ocupação da área.
“Em relação às áreas de risco do município, todas elas foram demarcadas, monitoradas. As desocupações foram realizadas. Nós tivemos um trabalho de monitoramento constante. Tão logo chegou o alerta de chuva excessivas, nós já deslocamos todas as equipes para acompanhamento, monitoramento. Tanto é que, até agora, o nosso coordenador-chefe da Defesa Civil está no local, em Barra do Sahy, Vila Sahy”, diz o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).
Segundo o diretor-técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o mapeamento dos locais é atualizado por pessoas treinadas pelo IPT, no entanto, todo o trabalho é feito em cima de uma previsão normal de chuva.
“Para a região, o mês de fevereiro, por exemplo, a gente esperaria de 240 mm a 300 mm em 28 dias. Foram 640 mm em 24 horas. Quando a gente tem um evento desse, excepcional, ocorre a liquefação do solo. Tem os processos ali, entra muita água nos espaços entre os grãos e esse solo se liquefaz mais do que o comum. Então, a área de atingimento aumenta muito mais do que quando a gente tem um período de chuva normal. Existe o método para esse tipo de ocorrência anormal? Existe. É factível de se fazer? É factível”, explicou o diretor-técnico do IPT-SP, Fabrício Mirandola.
Esses planos agem como uma radiografia das áreas de risco. Eles indicam ações que devem ser realizadas pelo poder público — no caso as prefeituras — para eliminar o perigo ou diminuir esses riscos. Além disso, cna temporada de chuvas, entra em operação o plano preventivo de Defesa Civil, justamente para evitar que pessoas enfrentem deslizamentos ou alagamentos.
A Defesa Civil do estado de São Paulo declarou que apoia os municípios no levantamento das áreas de risco e que encaminha diretrizes para orientar os planos locais de prevenção.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.