O ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, fez afirmações sobre as tropas de aeronaves bielorrussas nesta terça-feira (04). Segundo o chefe da pasta russa, a frota foi atualizada para que fosse possível fazer ataques nucleares. A medida veio após a expansão da OTAN.
Shoigu disse que “parte da aeronave de ataque bielorrussa adquiriu a capacidade de atacar alvos inimigos com armas nucleares”, acrescentando que o “sistema de mísseis tático-operacional Iskander-M foi entregue às Forças Armadas da Bielo-Rússia. Ele pode usar mísseis convencionais e nucleares”. Ele afirmou que as tropas seguem sendo treinadas pelo sistema Iskander na Rússia.
O ministro disse que tal decisão de capacitar nuclearmente a Bielo-Rússia surge em resposta à expansão que vem ocorrendo pela OTAN em direção da fronteira com a Rússia. O último país a se juntar a aliança foi a Finlândia.
Os Estados Nórdicos compartilham cerca de 1.300 quilômetros com a Rússia. Segundo o ex-primeiro-ministro da Noruega e secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, as tropas da aliança ficariam estacionadas na Finlândia apenas com o consentimento do país. Entretanto, Shoigu afirma que as “medidas retaliatórias” tinham como objetivo “defender a segurança do Estado da União”.
“A OTAN está realizando um conjunto de medidas para aumentar a prontidão de combate das Forças Armadas Conjuntas, intensificando o treinamento de combate e as atividades de reconhecimento perto das fronteiras da Rússia e da Bielo-Rússia. Num futuro próximo, a Finlândia se tornará membro da aliança”, completou.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, anunciou ainda que o país concluirá a construção de uma base para armazenamento de armas nucleares táticas na Bielo-Rússia antes de julho. Stoltenberg reforçou que a aliança não percebeu nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia. Ele diz que ainda não há motivos para ajustar a própria postura neste momento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.