O chanceler classificou a fala como “promíscua e delirante”.
“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, escreveu, no X (antigo Twitter).
“Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente.
Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, afirmou.
Ele também defendeu a reação do país ao ataque do Hamas: “Israel embarcou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente. Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes”.
“Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, complementou.
“Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”, concluiu Katz.
O texto marca mais uma etapa da crise diplomática desencadeada entre os dois países. Na segunda (19), o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, foi levado por Katz ao Museu do Holocausto, visita seguida de uma declaração à imprensa colocando Lula como “persona non grata” no país. O episódio foi visto como quebra de protocolo e humilhante para o país.
Meyer foi convocado para retornar ao Brasil “para consultas”, em um gesto que afasta a comunicação diplomática entre os países.
O embaixador israelense Daniel Zohar Zonshine também se reuniu com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que expressou “desconforto” pela posição de Israel.