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Política Nacional

Ministro da Secom anuncia mais dois nomes para a EBC

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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Especial da Comunicação Social da Presidência da República (Secom), anunciou neste sábado (4) mais dois nomes para compor a nova gestão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O jornalista, escritor e tradutor Eric Nepomuceno assumirá a superintendência da empresa no Rio de Janeiro, enquanto o jornalista e ex-deputado estadual paulista José Américo (PT) vai comandar a superintendência da EBC em São Paulo.

“Eric Nepomuceno será o superintendente da EBC no RJ. José Américo será o superintendente em São Paulo. Hélio Doyle o Presidente da EBC. Esse é o time escolhido por mim e por Lula para coordenar e recuperar a comunicação pública e governamental no Brasil”, postou Pimenta nas redes sociais.

Eric Nepomuceno traduziu obras de importantes escritores latino-americanos, como Jorge Luís Borges, Júlio Cortázar e Gabriel Garcia Marques. Esses trabalhos lhe renderam três Prêmios Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. Ele também foi premiado por um investigativo sobre o massacre de Eldorado dos Carajás. Nepomuceno atuou como jornalista na mídia brasileira e internacional e eventualmente ainda atua como articulista em diferentes publicações. É autor de obras como Memórias de um setembro na praça, Quarenta dólares e outras histórias, Hemingway na Espanha, A palavra nunca e Quarta-feira.

Já José Américo Dias foi deputado estadual em São Paulo por dois mandatos, após quatro como vereador na capital, onde chegou presidiu a Câmara Municipal entre 2013 e 2014. Jornalista formado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), atuou em grandes veículos como a Folha de S. Paulo e Diário do Comércio.

Filiado ao PT desde a sua fundação, José Américo foi presidente do PT em São Paulo entre 2008 e 2009, e ocupou a Secretaria Nacional de Comunicação e a Executiva Nacional do partido. Nas últimas eleições, concorreu para um mandato de deputado federal e quando ficou na suplência.

Nova gestão

O jornalista Hélio Doyle foi nomeado como diretor-presidente da EBC no mês passado. Doyle assumiu o cargo após o período de transição da jornalista Kariane Costa, representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa desde 2021. Por um mês, ela comandou a empresa com o objetivo de retomar o caráter público dos veículos da EBC e valorizar os quadros da casa.

Outros nomes já anunciados pelo governo incluem a roteirista Antonia Pellegrino, que será diretora de conteúdo da empresa, e a jornalista Flávia Filipini, diretora da área de comunicação governamental. A jornalista Nicole Briones foi anunciada superintendente de Redes Sociais; e Jean Lima, diretor-geral da EBC.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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